“Está na altura de o País levar um safanão”
Alberto João Jardim foi ontem à tarde a primeira individualidade a receber o Prémio Emanuel Rodrigues, algo que o deixou emocionado, como o próprio disse ao JM, e não deixou escapar o momento para deixar um recado à República, dizendo que está na altura de “o País levar um safanão e o Governo [de Costa] cair”.
“Eu recuso que o meu País seja governado através de entendimentos entre socialistas e comunistas”, disse o antigo presidente do Governo Regional, considerando a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) um “escândalo”.
Alberto João Jardim, que contou na cerimónia com a presença do atual presidente do Executivo regional, afirmou também que a classe média está agora a “ganhar confiança” e manifestou o seu apoio às greves previstas em vários setores.
“A classe média não está para aturar mais esta sitauação de pagar impostos para pagar a subsidiodependência e criar não só eleitorado fixo ao Partido Socialista, mas criar também mão de obra barata para o grande capital”, afirmou.
Deixou também claro o seu apoio a Rui Rio, que se recandidata à liderança nacional do PSD, dizendo que apesar de “não ter muito jeito para líder partidário”, será um “futuro grande primeiro-ministro”.
Alberto João Jardim recebeu o prémio das mãos do presidente da Assembleia Regional da Madeira, José Manuel Rodrigues, e entregou a parte pecuniária, no valor de 5 mil euros, à Associação Dançando com a Diferença. Telmo Ferreira, presidente da associação, manifestou-se bastante satisfeito com o gesto e considerou que o prémio é muito oportuno numa altura em que a instituição tem vários projetos em curso.
O antigo presidente do Governo Regional, em conversa com o JM, sublinhou a importância do parlamento, “o símbolo do poder soberano do povo", que espera seja sempre acarinhado e defendido pelos madeirenses.