“A Madeira tem condições para baixar os impostos”
A oposição, liderada pelo PS, desempenhou o papel possível, face a uma liderança refém de algum fator provisório e que, em consequência, apresentou argumentação algo desconcertada. Rui Caetano (PS) foi o mais interventivo, denunciando que a Região tem a “taxa mais alta de risco de pobreza e exclusão social”, assim como jovens “que mais consomem substâncias psicoativas”.
Acusou também Albuquerque de fazer “bullying aos madeirenses que atravessam esta fase difícil de não terem emprego e de estarem inscritos no centro de emprego”. “Fala muito rijo destes desempregados, mas nunca o ouvi falar para as empresas que não pagam os seus salários ou pagam salários baixos”, acrescentou. “Tem dois discursos, que estamos a controlar e que somos uma referência nacional e até internacional, mas depois encosta-se ao muro do paradoxo, lamentando-se que precisamos da ajuda externa”, disse ainda Rui Caetano. E especificou que “vamos receber 882 ME do PRR, mais 900 ME do quadro plurianual, 236 ME de transferências… a Madeira tem as condições, tem o poder para baixar os impostos e temos a garantia, com estas verbas, para termos uma folga e que se baixem os impostos”.
Élvio Sousa (JPP) criticou a dúbia atuação da Quinta Vigia, nomeadamente de Albuquerque. “Fala grosso para a República, sobretudo à distância, mas quando se senta com o primeiro-ministro assina por baixo”. E aponta exemplos de contradição, em casos concretos que interessam à Madeira. “Se desejasse que os madeirenses pagassem efetivamente 86 euros nas ligações com Lisboa, ou que o ferry fosse pago pela República, porque é que aceitou a constituição de um grupo de trabalho e um estudo de mercado?”.
Ricardo Lume (PCP) alertou para a “degradação laboral” na Região, com o aumento de vínculos precários, gerando o que designa por