Atual escassez de mão de obra é “problema estrutural”
Existe um problema “já estrutural” causado pela legislação nacional no que diz respeito aos beneficiários de subsídios de desemprego que podem rejeitar sucessivamente propostas de trabalho, sem serem penalizados. No ponto de vista de Veiga França, a legislação “não pode proporcionar aos beneficiários dos subsídios que deles passem a depender de forma continuada quando, paralelamente, no mercado do trabalho há escassez de candidatos para diversas vagas. É preciso agir e fazer qualquer coisa neste particular”. Reconhecendo que, devido à pandemia, foi necessário tomar e reforçar medidas de proteção social de forma a ajudar as pessoas que ficaram sem os empregos, Veiga França considera que essas medidas poderiam ser “globalmente ainda mais eficazes” se as autoridades nacionais tivessem prestado atenção às solicitações emanadas do setor empresarial privado, aquando da elaboração da estratégia de apoio social. “Neste momento em que a atividade económica já está a funcionar em pleno, é necessário ajustar estas políticas ao novo contexto atual, de maneira a dinamizar o mercado laboral”.