Jornal Madeira

“É FÁCIL UNIR A MASSA ASSOCIATIV­A DO MARÍTIMO”

Rui Fontes venceu ontem as eleições para a presidênci­a do Marítimo com 65% dos votos, derrotando o presidente dos últimos 24 anos, Carlos Pereira, numa votação histórica.

- Por Raul Caires raulcaires@jm-madeira.pt

Vitória expressiva e contundent­e aquela que Rui Fontes averbou ontem nas eleições do Marítimo, ou do outro lado não estivesse Carlos Pereira, líder do clube há mais de 24 anos. O resultado até surpreende­u o agora novo presidente, mas a votação, confessou depois, acabou por confirmar o que se “sentia cá fora, que havia uma grande unanimidad­e em torno” da sua candidatur­a.

Os resultados mostraram que “é fácil unir a massa associativ­a do Marítimo”, afirmou Rui Fontes pouco depois de ser ‘engolido’ por sócios e adeptos à porta da Tribuna Presidenci­al do Estádio do Marítimo, onde decorreu a votação que entrou para a história coletiva do emblema do Almirante Reis como uma das mais participad­as de sempre.

Rui Fontes venceu as eleições para a presidênci­a do Marítimo com 65% dos votos (17.629), contra 35% (9.464) de Carlos Pereira. Votaram 1.891 sócios, num total de 27.285 votos, dos quais 192 foram depositado­s nas urnas em brancos ou acabaram por ser considerad­os nulos.

Com tamanho voto de confiança, o novo líder do Marítimo só podia assegurar que estava preparado para colocar de imediato mãos à obra. E foi o que afirmou aos jornalista­s, numa sala do estádio, onde se ‘refugiou’ para poder responder proferir as primeiras declaraçõe­s à imprensa

Fontes quer começar “trabalhar no sentido de melhorar tudo o que está mal”, e acima de tudo “mudar o paradigma” atual do clube, a sua “maneira de estar” o quanto antes. O prazo para a tomada de posse é de 15 dias, “mas se tudo estiver regulariza­do pode ser já amanhã ou depois”, atirou o presidente eleito.

Instado a endereçar uma palavra a Carlos Pereira, Rui Fontes lembrou que “vida é feita de vitórias e de derrotas”, e que como “pessoa de bem é, agora o que tem de fazer é continuar a ajudar o Marítimo”.

Acredita, aliás, que a transição será tranquila. “Somos duas pessoas de bem e depois de uma vitória destas acho que não há qualquer dúvida como a mudança de poder deve ser feita”.

Sobre Julio Velázquez, treinador da equipa principal de futebol que ontem foi derrotada em Guimarães, Fontes observou que podia pronunciar-se “sobre pessoas que não conheço. Não conheço o treinador e depois de falar é que vamos ver", afirmou ao ser questionad­o sobre a continuida­de do técnico espanhol, que só venceu um jogo em onze jogos oficiais conquistad­os nesta temporada.

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Dezenas de sócios do Marítimo aguardaram pelo desfecho eleitoral à porta do estádio onde fizeram a festa com Rui Fontes.
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