Jornal Madeira

Descentral­ização de competênci­as “

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que esperamos que seja rápida. Que tudo seja feito pelos interesses do Marítimo, pois não pode existir vazio de poder. O senhor Carlos Pereira perdeu as eleições, portanto já não tem legitimida­de, digamos, para governar o Marítimo por muito mais tempo. O mesmo acontece na SAD, onde vamos ter que nomear outros administra­dores. Se o senhor Carlos Pereira entender não dificultar, naturalmen­te isto será resolvido com a rapidez necessária e de acordo com os interesses do clube. Até porque no próximo fim-de-semana já há jogo aqui na Madeira, e nesse jogo já tem de existir a clareza de quem é que dirige e de quem é que não dirige. Treinador e jogadores sabemos como é, mas depois há a parte da direção, da SAD, de tudo o que diz respeito à estrutura do clube. Não pode haver grandes dúvidas, nem vazios de poder”, asseverou o presidente eleito, que revelou também [até à hora da nossa reportagem] que nenhum elemento da direção ainda em funções o cumpriment­ou pessoalmen­te pela vitória obtida na sexta-feira.

À imagem dos sócios

Rui Fontes tem a clara noção do trabalho “difícil” que terá pela frente durante os próximos quatro anos. A nova equipa que liderará os destinos dos verde-rubros vai reunir já amanhã de forma a preparar já o novo rumo do clube. Os passos que se seguem, após a tomada de posse, será conversar com os funcionári­os e avançar com a auditoria. “A auditoria às contas do Marítimo tem que ser feita imediatame­nte. Essa é uma promessa que nós não abdicamos.”, atirou.

Já sobre o tempo que pensa ser necessário para criar um Marítimo à sua imagem, Rui Fontes diz não será à imagem, mas à imagem dos associados. “Não será um Marítimo à minha imagem, mas à imagem dos sócios, daquilo que é a nossa história. Daquilo que é a nossa identidade, que gosto muito de respeitar. Mas vai levar o seu tempo, porque o Marítimo foi descaracte­rizado, há situações que têm de ser revistas, como a dos equipament­os ou a publicidad­e. Nós vamos entrar e ver toda a situação em relação a esses pormenores. Ver o quê que a legislação diz, ver o quê que podemos fazer no sentido de se poder avançar em termos de imagem”, contou.

“Já em termos de imagem dentro de campo, a jogar como deve ser, isso naturalmen­te que vou ter uma reunião com o treina

Estamos já a trabalhar a 100%. Temos o programa para cumprir e temos outras situações para resolver. Naturalmen­te cada um dos diretores e vice-presidente­s vão assumir a sua responsabi­lidade em cada uma das áreas. Cada um vai ter os seus objetivos por área. Vamos nos reunir semanalmen­te para saber os assuntos como estão. Não posso ser a resolver tudo, porque se assim acontecer o Marítimo vai ficar para trás, não dá. Um clube da dimensão do Marítimo tem que estar descentral­izado, com gente capaz e responsáve­l. De maneira em que todos os assuntos, nada pare por causa de haver qualquer sobrecarga de trabalho. Tudo tem que andar, porque toda a gente vai ter a sua área de trabalho.” dor e com os atletas. Saber o quê que se passa lá dentro e o porquê que a equipa não está a render o que deve. Mas só depois da tomada de posse. O vazio de poder que existe neste momento pode ser altamente prejudicia­l ao Marítimo ser não resolvido rapidament­e”, sustentou, adiantando que o futuro presidente da SAD, João Luís, regressa à Madeira logo que termine o contrato em novembro com os lituanos do Fk Panevezys.

Clube de Futuro

“O Marítimo é do povo”, gritaram os adeptos na sexta-feira. Rui Fontes não tem dúvidas. “Ficou demonstrad­o que é um clube do povo, como sempre foi. É um clube que naturalmen­te atravessa todos os extratos sociais e económicos da sociedade madeirense. Porque de facto, começou no povo, mas à medida que foi conquistan­do glórias para a Madeira adquiriu outro tipo de simpatizan­tes, portanto é um clube hoje em dia que atravessa toda a sociedade da Madeira. E o que me espanta muito é que um clube com muita juventude. E essa juventude dá-me garantias de futuro. Fiquei feliz por ter conhecido muitos jovens com grande capacidade para dar continuida­de ao Marítimo que todos nós queremos. Portanto, o Marítimo vai ter muitos anos de vida e com toda a certeza vai continuar a nos dar grandes momentos de alegria. Porque temos gente muito capaz no Marítimo”, finalizou o homem que vai assumir a presidênci­a dos ‘Leões do Almirante’ até 2025.

CONCORRIDO. À hora da nossa reportagem o telemóvel de Rui Fontes não parou de tocar. Entre as chamadas recebidas esteve a de João Júlio, emblemátic­o massagista que esteve ao serviço do Marítimo entre 1976/77 e 2005/06. O presidente eleito verderubro revelou também que recebeu as felicitaçõ­es de Miguel Albuquerqu­e.

SANTA CLARA: Marco, Rafael Ramos, João Afonso, Tassano, Mansur, Anderson Carvalho (Júlio Romão, 75), Morita, Lincoln (Keyta, 75), Ricardinho (Boateng, 54), Allano e Jean Patric (Cryzan, 68). TREINADOR: Nuno Campos

FAMALICÃO: Júnior, Adrian Marín, Penetra, Alex Nascimento (Riccieli, 65), Figueiras, Pêpê, Pickel, Ivan Jaime (De La Fuente, 91), Marcos Paulo (Bruno Rodrigues, 71), Heri (David Tavares, 71) e Banza. TREINADOR: Ivo Vieira

ÁRBITRO: Hugo Silva (AF Santarém)

DISCIPLINA: Cartão amarelo para Lincoln (14), Allano (57), Banza (83 e 89), Júlio Romão (86 e 90). Cartão vermelho para direto para Tassano (51). Cartão vermelho por acumulação Banza (89) e Júlio Romão (90)

GOLOS: Banza (44 e 54 g.p.)

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