‘Grupos da Flor’ cativaram cerca de 4.700 pessoas
A Festa da Flor chegou ontem ao fim após quatro fins de semana de animação. Eduardo Jesus fala em sentimento de dever cumprido e diz que a próxima edição, em maio, já está a ser preparada.
Cor, brilho e animação marcaram os quatro fins de semana de Festa da Flor, que ontem terminou. Transformada numa paleta de cores, a capital madeirense recebeu, entre 1 e 24 de outubro, milhares de residentes e turistas que não ficaram indiferentes aquele que é um dos principais eventos do cartaz turístico da Madeira.
Dois dos pontos mais movimentados foram, aliás, a Praça CR7 e o heliporto, junto ao cais 8, onde decorreram nos fins de semana de 9 a 10 e de 16 a 17 de outubro, as atuações dos ‘Grupos da Flor, que exibiram com graciosidade um trabalho de meses, num cenário pitoresco que promoveu sorrisos e deleitou o público.
Apesar do ambiente restrito – limitado a 50% da lotação – , a exibição das trupes na baía funchalense cativou, segundo dados divulgados ao JM pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, cerca de quatro mil e setecentas pessoas, pequenos e graúdos, que marcaram presença para assistir aos espetáculos com profusão de cores.
O ponto alto da Festa da Flor foi, inevitavelmente, o cortejo alegórico que este ano regressou, no dia 3 de outubro, à Avenida depois do interregno imposto pela pandemia, abrindo as hostilidades para aquilo que foram vários dias pejados de brilho nas ruas funchalenses. Recorde-se que, num regresso à normalidade, o desfile contou com cerca de mil e duzentos figurantes divididos por doze grupos que, sob o mote ‘Madeira, Jardim de Esperança’, celebraram uma vez mais a diversidade de flores da Região.
Contrariamente aos fins de semanas anteriores, em que o tempo esteve de feição, apresentando-se bastante soalheiro e quente, ontem, último dia das festividades, a despedida foi feita sob um dia nublado, pese embora a temperatura estivesse aprazível e convidativa.
Na Placa Central, na Avenida Arriaga, a animação começou logo pela manhã, com a atuação do Grupo de Romarias e Tradições da Camacha. Já ao início da tarde, vários foram aqueles que aproveitaram o domingo para deambular nas ruas, queimando os últimos cartuchos da festa.
Junto ao pavilhão dos concertos, onde aconteceu ao longo do presente mês grande parte da atividade musical da Festa da Flor, viam-se várias pessoas, essencialmente turistas, a assistir ao concerto da banda da Mariana Gonçalves. Batiam palmas, trauteavam as músicas e gesticulavam ao ritmo das melodias.
Outros pareciam alheios à sonoridade. Aproveitavam, por outro lado, para tirar fotografias aos tapetes de flores e ‘selfies’ junto às arrojadas decorações, que abrilhantavam a Avenida Arriaga.
O programa musical fechou, ao fim da tarde, coma performance de ‘Cháp4’.
Próxima edição em preparação
Findo o evento, é com o “sentimento de dever cumprido” que Eduardo
Jesus, secretário regional de Turismo e Cultura, vê encerrada mais uma edição.
“A Festa da Flor constituiu um momento de retorno à normalidade, pese embora tenha sido no mês de outubro, mas permitiu cumprir todo o calendário que estava previsto (…) Conseguimos pôr a festa na rua, com toda a movimentação a que assistimos, trazendo alegria aos residentes e surpresa e admiração aqueles que nos visitam”, destacou o governante ao JM, regozijando-se pelo facto de tudo ter corrido como o previsto.
Num balanço aos eventos realizados, o governante adiantou ainda que ao longo deste mês foram realizados, no âmbito desta festividade, 74 concertos e 44 atuações.
Embora esta edição tenha acabado de terminar, a verdade é que “já se trabalha na próxima, querendo que seja já em maio, o mês próprio do evento, e que se possa cumprir com o calendário mais reforçado”, revelou o secretário com a tutela do Turismo.