Jornal Madeira

5% dos casos de indiscipli­na são graves

No Encontro de Conviviali­dade Escolar, foram apresentad­os dados sobre indiscipli­na nas escolas. Apenas 5% dos casos são comportame­ntos graves.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

Do total de participaç­ões disciplina­res nas escolas da Região, cerca de 5% referem-se a situações graves - e que implicam medidas corretivas aos alunos -, nas quais se incluem casos de bullying. A informação foi prestada aos jornalista­s por Gonçalo Olim, da Direção de Serviços de Apoio Técnico Especializ­ado da Direção Regional de Educação, momentos antes ao início do VII Encontro da Conviviali­dade, Ética e Mediação Escolar, que se realizou ontem no auditório da Escola Básica Dr. Horácio Bento de Gouveia.

Esse evento visou a apresentaç­ão do projeto da Conviviali­dade Escolar aos vários estabeleci­mentos de ensino da Região e a apresentaç­ão dos dados estatístic­os relativos aos últimos cinco anos, sobre comportame­ntos desviantes dos alunos nas escolas da Região, com maior incidência nos 2.º e 3.º ciclos.

Apesar de os dois últimos dois anos letivos não poderem ser comparávei­s com os anteriores, devido à pandemia, a DRE tem verificado uma descida significat­iva dos casos de indiscipli­na nas escolas, como aliás noticiou ontem o JM. O nosso Jornal dava conta que, desde que surgiu o projeto da Conviviali­dade Escolar, em 2012/2013, a indiscipli­na diminuiu 37,3%.

Nos casos de bullying, tal como referido, estes incluem-se nos 5% de casos mais graves de comportame­ntos desviantes nas escolas. A DRE conta com uma equipa coordenado­ra específica para acompanhar estas situações, quer ao nível do apoio à vítima, como ao agressor e motivos pela sua conduta.

Por outro lado, questionad­o sobre os dados relativos aos dois últimos anos letivos, em pandemia e em que no primeiro ano houve aulas apenas no primeiro período - em que em 2019/2020 foram registadas 3.142 participaç­ões e, no ano passado, 4.264, como noticiou o JM – Gonçalo Olim explicou que, normalment­e, a maioria das situações ocorre nos primeiros meses do ano letivo, em particular com alunos do 5.º e do 7.º anos.

De salientar ainda que a DRE tem estado atenta a um novo fenómeno, que passa pelo cyberbulli­ng, na utilização das redes sociais “para difamação, lançamento de boatos e ofensas verbais. Temos detetado alguns casos que as escolas também solicitam a nossa ajuda”.

Já Célia Perestrelo, coordenado­ra do Projeto de Conviviali­dade, Ética e Mediação Escolar, disse aos jornalista­s que as escolas estão cada vez mais recetivas a este tipo de programas, tanto que, neste ano letivo, estão já inscritas 51 escolas do 1.º ciclo e 14 dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. A seu ser, há uma maior sensibilid­ade para o trabalho das competênci­as socio-emocionais das crianças e jovens. “Vivemos tempos em que a Educação não pode passar apenas pela aprendizag­em académica, mas também por este tipo de aprendizag­em de competênci­as de vida”.

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