É madeirense uma das maiores exportadoras de abelhas
A Quinta das Cercas nasceu, na Ponta do Sol, fruto de um acaso. Hoje fatura cerca de 80 mil euros/ano.
Ninguém imaginava que de uma caminhada na serra pudesse nascer uma empresa, mas foi assim mesmo, fruto de um acaso, que a Quinta das Cercas ganhou vida.
A empresa tem, em boa verdade, apenas quatro anos. Contudo, a criação de abelhas começou muito antes, no dia em que Carlos, o irmão de André Silva – fundador da Quinta das Cercas – encontrou um enxame e o levou para casa.
“O meu pai tinha tido abelhas em tempos e ainda conservava o fato de apicultor. O meu irmão correu para casa para se vestir e apanhou o enxame. No primeiro ano, ficámos logo com quatro colmeias, no segundo já eram 16”, recorda.
André Silva, que nem era “muito dado a abelhas”, acabou, com apenas 12 anos, por ficar responsável pela produção quando o irmão rumou à universidade. Apaixonou-se pela apicultura, começou a estudar o setor e rentabilizava todas “as dicas” que Carlos recebia de engenheiros da faculdade que frequentava e lhe passava por telefone. Rapidamente, a produção para consumo próprio passou a negócio.
Mais tarde, André Silva começou a visitar explorações no estrangeiro, particularmente em França. Apurou técnicas e produz atualmente mais de dez mil abelhas rainhas por ano que são vendidas para o continente e Espanha.
A Quinta das Cercas lançou também uma marca própria de mel muito apreciada em território continental e que integra três variedades: mel da Laurissilva, mel de eucalipto e mel multifloral, faturando – com as abelhas e esta produção – 80 mil euros por ano (dados pré-pandemia).
“Somos uma das maiores empresas produtoras de abelhas rainhas do País”, regozija-se André Silva que, aos 29 anos, se sente realizado.