MP INVESTIGA ATAS DO CF UNIÃO 1913
Em causa está um crime de falsificação de documentos, que terá sido alegadamente praticado por Estanislau Barros e por Lino Abreu.
O Ministério Público (MP) encontra-se a investigar alegadas falsificações de atas no Clube de Futebol União da Madeira 1913, que terão sido praticadas por Estanislau Barros, ex-presidente da Assembleia Geral, e eventualmente por Lino Abreu.
Através de um documento a que o JM teve acesso, é possível constatar que o processo encontra-se em investigação, atribuindo alegadas responsabilidades a Estanislau Barros e a Lino Abreu, pelo que os dois visados têm de apresentar a defesa, procurando evitar a respetiva moldura penal pelo crime de falsificação de documentos. Na missiva a que o JM teve acesso, é pedido que se apurem responsabilidades, por um envio de uma ata da Assembleia Geral presidida por Estanislau Barros, a 13 de fevereiro de 2021, à Direção Regional de Desporto, Associação de Futebol da Madeira e à instituição bancária Millenium BCP.N Nesse sentido, o MP solicita ao presidente da Comissão Instaladora do Clube Futebol União 1913, Jaime Gouveia, que indique os prejuízos causados por este ato, procurando esclarecer se os atos de falsificação serão reparados com o reconhecimento público de Estanislau Barros, através de um dos dois órgãos de comunicação social mais relevantes da Madeira, que comprove que as atas enviadas foram lesivas para o CF União 1913, anteriormente designado de Associação Desportiva União da Madeira, onde Estanislau Barros se comprometa também a “deixar de praticar atos lesivos ao CF União 1913, mesmo que não consubstanciem um ilícito penal”.
Para além da ata da Assembleia Geral, existe ainda outro documento, alegadamente enviado por Lino Abreu à Autoridade Tributária e Assuntos Fiscais da Madeira (AT-RAM), que está também sob investigação. É pedido que o CF União 1913 indique esses prejuízos e se os mesmos serão reparados com o envio de uma carta dirigida à AT-RAM, por Lino Abreu, a admitir que a ata sofria de irregularidades e que a associação é atualmente dirigida por uma comissão instaladora.
Estes acontecimentos remontam a fevereiro deste ano, estando os documentos, alegadamente irregulares, em investigação pelo MP.