Marcelo pede posições sobre TAP e aeroporto
Uma das virtudes das eleições é a possibilidade de clarificação de alguns assuntos e é isso que Marcelo espera que os candidatos eleitorais façam.
"Um aspeto positivo de haver eleições é o de esperar que aqueles que concorrem a eleições clarifiquem estas matérias", vincou Marcelo Rebelo de Sousa na abertura do 46.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que começou ontem em Aveiro.
"Não há nada como clarificar antes do início da legislatura para não haver surpresas durante a legislatura. Clarificar em primeiro lugar como é importante haver uma decisão sobre o aeroporto, para não haver os 'avança e recua' de acordo com questões conjunturais meramente táticas”, insistiu o chefe de Estado, acrescentando que o País não suporta esse taticismo.
“Tome-se uma decisão e tome-se em 2022. Já vos disse que gostaria de ver o resultado dessa decisão antes do fim do meu segundo mandato, mas para isso é preciso tomar a decisão", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa perante os congressistas, que na reunião da APAVT este ano são mais de 730”, reiterou.
Sobre a TAP, o Presidente da República disse ainda ser muito importante que nas próximas eleições os candidatos clarifiquem a sua posição" para que não "haja angústias metafísicas" no decurso da legislatura.
"Sou daqueles que pensam que sonhar com um 'hub' forte em Portugal implica apostar na reforma da TAP e significa a viabilização e que não há alternativa. Não há alternativa mirífica de esperar que venha ao mercado – à saída da crise pandémica –, do céu, de uma galáxia diferente, de outros países, salvar uma situação que decorreria da extinção da TAP – com o que quer que fosse a extinção –, substituindo o seu papel em aspetos fundamentais em termos internos e de ligação externa num país de diáspora. Isso é esperar o impossível", sublinhou.
Em Aveiro, o chefe de Estado evocou a importância e o peso da vacinação na redução do número de mortes associadas à covid-19 e pediu “cabeça fria” numa altura em que o País precisa de serenidade para assegurar a continuidade do crescimento e a retoma da atividade económica, evocando também o contributo decisivo do setor do Turismo para a criação de riqueza e diminuição do desemprego.
“Não sou daqueles que vivem muito preocupados com a importância do Turismo em Portugal. O que quero é que outros setores ganhem importância”, sublinhou.