UM MAR DE SUSPEITAS
Jorge Nuno Pinto da Costa, por uma ou por outra razão, está sempre na ‘berlinda’. Vêm de longe as investigações criminais, às quais está ligado o presidente do FC Porto. ‘Apito Dourado’, foi desde sempre a mais mediática.
Na mais recente, denominada ‘Cartão Azul’ Pinto da Costa é suspeito de desviar qualquer coisa como 40 milhões de euros, em negócios de transferências de jogadores. O inquérito é liderado pelo procurador-geral adjunto Rosário Teixeira, coadjuvado pela Autoridade Tributária e pela PSP. Estão em causa suspeitas de crimes de burla qualificada, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, numa investigação que decorre há algum tempo no DCIAP e abrange ainda os empresários de futebol Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto.
Mas, tudo começou em 1994. Então, as finanças penhoraram o Estádio das Antas. Em causa dívidas ao fisco e à segurança social. Valentim Loureiro, então presidente da Liga, acabou por intermediar e apresentou uma garantia bancária, para que a penhora fosse levantada.
Dez anos mais tarde, surgiu o processo denominado ‘Apito Dourado’. Faz hoje precisamente 17 anos que a Polícia Judiciária deslocou-se a casa de Pinto da
Costa, com mandados de busca e detenção, mas o dirigente portista não estava. Após uns dias em Espanha apresentou-se no tribunal de Gondomar. O interrogatório foi na semana seguinte. Saiu em liberdade mediante o pagamento de uma caução de 200 mil euros, no entanto, as acusações de tráfico de influências e corrupção desportiva acabaram arquivadas. Num outro processo não criminal, denominado ‘Apito Final’, o Comité Disciplinar da Liga condenou Pinto da Costa a uma suspensão de dois anos, mas este castigo acabou anulado pelo conselho de disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Mais tarde, já em 2017, Pinto da Costa, acabou por ser um dos 54 arguidos da ‘Operação Fénix’, que investigava a SPDE, uma empresa de segurança privada. O líder do FC Porto foi então suspeito da contratação ilegal de segurança privada mas, uma vez mais, acabou absolvido.
Nos últimos três anos, Pinto da Costa e o FC Porto, não passaram incólumes a tudo o que de mal aconteceu no futebol português, já que o Estádio do Dragão foi alvo de algumas buscas por tarde dos inspetores da Polícia Judiciária.
Jorge Nuno Pinto da Costa tem 83 anos e é presidente do FC Porto há 39.