Governo admite repor gratuitidade dos testes
Os testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios deixaram de ser gratuitos desde 1 de maio.
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu, ontem, que os testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios poderão voltar a ser gratuitos, se se registar um aumento dos indicadores epidemiológicos.
Em Braga, em declarações aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do VI Congresso dos Enfermeiros, Lacerda Sales sublinhou que, neste momento, os indicadores epidemiológicos não justificam a gratuitidade dos testes.
“Se se vier a verificar que há um aumento dos indicadores epidemiológicos, com certeza que reverteremos essa medida [do fim da gratuitidade dos testes]. Neste momento, com os indicadores que temos, e com a estabilidade da situação do ponto de vista epidemiológico, não será necessária a gratuitidade dos testes”, afirmou.
Os testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios deixaram de ser gratuitos a partir de 01 de maio, tendo em conta a "evolução positiva" da pandemia no país.
Segundo Lacerda Sales, houve “algum aumento” de casos após o fim da obrigatoriedade do uso de máscara, mas “a tendência mantém-se estável”. Entretanto, o Presidente da República também reagiu há atual situação pandémica e considerou que cabe ao Ministério da Saúde e à Direção-Geral da Saúde (DGS) ouvir os especialistas e decidir sobre os próximos passos a dar quanto à pandemia de covid-19.
Questionado sobre o facto de o bastonário da Ordem dos Médicos defender que os infetados com sintomas ligeiros deixem de fazer isolamento, Marcelo Rebelo de Sousa, que falava na Maia, disse que cabe ao Ministério da Saúde e à DGS decidir.
O Governo admite recuar no que diz respeito aos testes à covid-19.