Dinamizar e reforçar relacionamento entre militares e a sociedade civil
O documento estabelece um conjunto de objetivos estratégicos e orientações das Forças Armadas na RAM.
O Comando Operacional da Madeira (COM) apresentou, ontem, a Diretiva Estratégica Setorial para o triénio 2022-2025, a qual assenta numa estratégia de divulgação à sociedade civil, de apoio ao Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) e de uma “otimização” das Forças Armadas.
Tratam-se “dos objetivos” do Estado-maior General das Forças Armadas para a RAM, numa “ação de comando conjunta e unificada”, que assenta em três linhas orientadoras de continuidade, explicou o major-general António Amorim Temporão, comandante do COM.
“A abertura à sociedade civil, a otimização que pode ser prestada às emergência civis” e, finalmente, “incentivar e dinamizar aquilo que é a inovação” são os principais objetivos estratégicos para os próximos três anos das Forças Armadas na Madeira.
Garantidos estão os regressos de uma abertura dos militares e das duas estruturas à comunidade educativa, num projeto conjunto com a Secretaria Regional da Edu
Estratégia do COM para 2022-25 foi anunciada numa Diretiva Estratégica Setorial para a RAM
cação, que foi interrompido devido à pandemia e vai voltar já este ano.
Exercício Zarco no Porto Santo
O major-general garantiu ainda o regresso do Exercício Zarco em larga escala, nos dias 25, 26 e 27 de maio, a ter lugar no Porto Santo, num exercício conjunto entre militares e instituições civis de
segurança e socorro. Este evento já não se realizava há dois anos devido à pandemia, mas vai ser uma realidade já no final deste mês. António Amorim Temporão realçou que “os recursos são finitos e, como bom gestores, temos de gerir o dia a dia e viver com aquilo que temos. Isso é fundamental para um bom decisor”.
Projeto ‘Drones Atlântica’
Divulgar, otimizar e dinamizar são os três eixos da atividade a desenvolver pelo COM, em estreita colaboração com as diferentes entidades civis e militares.
A finalizar, António Amorim realçou o trabalho conjunto e científico entre o Comando Operacional da Madeira, a Universidade da Madeira e a ARDITI num projeto ‘Drones do Atlântico’, um trabalho de promoção e “inovação com interesse” para o emprego operacional conjunto entre o COM e os meios de emergência civis, que vai certamente “fortalecer as capacidades operacionais”. Este projeto vai permitir uma maior capacidade “no controlo e vigilância” de forma ao COM responder conjuntamente com os meios civis “às ameaças de natureza global”. O major-general revelou que já foram formados mais de 50 operadores de drones, quer sejam entidades civis ou militares.