Radar 4 deixa turistas a léguas do Areeiro
O grande volume de visitas ao Pico do Areeiro, cujo espaço para estacionamento é pequeno, tem causado, por várias vezes, grandes constrangimentos aos autocarros de turismo que, devido às suas dimensões, têm dificuldade em fazer as manobras e vêem-se obrigados, muitas vezes, a cancelar parte do programa comprado por cada turista, por causa do tempo que ficam ‘entalados’ no trânsito.
Mas ontem, a situação foi mais grave, segundo alegam, ao JM, motoristas de autocarros de turismo. Muitos não foram avisados de que a PSP iria encerrar o acesso ao Pico do Areeiro por causa do 9.º aniversário do Radar n.º 4. O que causou grande desagrado aos turistas que transportavam em excursão.
Ao que o JM apurou, alguns autocarros [poucos], que subiram bem cedo, ficaram presos no Pico do Areeiro até o fim da cerimónia. Outros [a grande maioria] ficou a saber de que não podia passar da estrada de ligação ao Curral das Freiras. Ali, os turistas poderiam saltar do autocarro e subir a pé. “Obviamente que não queriam e diziam que não tinham pago a viagem desse modo. Estavam revoltados. Alguns visitam a Madeira pela primeira vez”, contou-nos um motorista que esteve envolvido nesta situação e que preferiu o anonimato, dizendo apenas que, entre motoristas, a conversa era a de que os clientes estavam revoltados.
As críticas estendem-se ainda ao facto de “a PSP, já que teve de encerrar o trânsito por causa da tal cerimónia, não estar no Poiso a avisar de tal situação”. Ou seja, “só quando os motoristas estão metidos em ‘caminhos apertados’, quase sem espaço para fazer a inversão de marcha’ é que ficam a saber de tal impossibilidade. “E além do stress que é andar naquele caos, temos que avisar os clientes que, naturalmente, não estavam satisfeitos!”, explicou referindo que, ainda assim, alguns colegas de profissão disseram que os “turistas mais novos ainda arriscaram subir o resto do percurso para não perderem o programa”.
O comandante do Radar n.º 4, José Carlos Sargaço, contactado pelo JM disse que fez a sua parte que foi pedir à PSP para que controlasse o acesso ao Pico do Areeiro, por forma a que a cerimónia pudesse decorrer dentro da normalidade. “Agora, quem deve avisar os autocarros de turismo e outras pessoas, eu não sei”, finalizou.
A cerimónia causou transtornos aos turistas.