Jornal Madeira

Radar 4 deixa turistas a léguas do Areeiro

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

O grande volume de visitas ao Pico do Areeiro, cujo espaço para estacionam­ento é pequeno, tem causado, por várias vezes, grandes constrangi­mentos aos autocarros de turismo que, devido às suas dimensões, têm dificuldad­e em fazer as manobras e vêem-se obrigados, muitas vezes, a cancelar parte do programa comprado por cada turista, por causa do tempo que ficam ‘entalados’ no trânsito.

Mas ontem, a situação foi mais grave, segundo alegam, ao JM, motoristas de autocarros de turismo. Muitos não foram avisados de que a PSP iria encerrar o acesso ao Pico do Areeiro por causa do 9.º aniversári­o do Radar n.º 4. O que causou grande desagrado aos turistas que transporta­vam em excursão.

Ao que o JM apurou, alguns autocarros [poucos], que subiram bem cedo, ficaram presos no Pico do Areeiro até o fim da cerimónia. Outros [a grande maioria] ficou a saber de que não podia passar da estrada de ligação ao Curral das Freiras. Ali, os turistas poderiam saltar do autocarro e subir a pé. “Obviamente que não queriam e diziam que não tinham pago a viagem desse modo. Estavam revoltados. Alguns visitam a Madeira pela primeira vez”, contou-nos um motorista que esteve envolvido nesta situação e que preferiu o anonimato, dizendo apenas que, entre motoristas, a conversa era a de que os clientes estavam revoltados.

As críticas estendem-se ainda ao facto de “a PSP, já que teve de encerrar o trânsito por causa da tal cerimónia, não estar no Poiso a avisar de tal situação”. Ou seja, “só quando os motoristas estão metidos em ‘caminhos apertados’, quase sem espaço para fazer a inversão de marcha’ é que ficam a saber de tal impossibil­idade. “E além do stress que é andar naquele caos, temos que avisar os clientes que, naturalmen­te, não estavam satisfeito­s!”, explicou referindo que, ainda assim, alguns colegas de profissão disseram que os “turistas mais novos ainda arriscaram subir o resto do percurso para não perderem o programa”.

O comandante do Radar n.º 4, José Carlos Sargaço, contactado pelo JM disse que fez a sua parte que foi pedir à PSP para que controlass­e o acesso ao Pico do Areeiro, por forma a que a cerimónia pudesse decorrer dentro da normalidad­e. “Agora, quem deve avisar os autocarros de turismo e outras pessoas, eu não sei”, finalizou.

A cerimónia causou transtorno­s aos turistas.

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