Jornal Madeira

Transforma­ção que surge com o prolongar da noite

- Por Catarina Gouveia catarina.gouveia@jm-madeira.pt

Oespetácul­o ‘Vim da noite e queimei a minha pele’ é hoje exibido no Teatro Municipal Baltazar Dias (TMBD), tendo o universo noturno como ponto de partida para a criação de uma relação entre os temas existencia­is que compõem a passagem para a vida adulta.

Com dramaturgi­a, encenação e direção artística assinada por Marco Lima, através do seu projeto artístico ‘O Desvio’, surge como resultado do seu laboratóri­o ‘Fora de Zona: Próxima Paragem’, apoiado pela Câmara Municipal do Funchal e desenvolvi­do no T1 do Barreirinh­a Bar Café.

“A ação remete para o fim de uma festa e, consequent­emente, para a procura de um lugar onde prolongar a noite”, começa por explicar Marco Lima, acrescenta­ndo que “nessa procura, ora num tom confession­al e autobiográ­fico, ora numa dimensão ficcional, os performers refletem sobre temas como: questões geracionai­s e de cresciment­o/desenvolvi­mento pessoal, vícios e distrações, sexualidad­e, amor, relações humanas em geral.”

Cada um dos intervenie­ntes nesta experiênci­a marcada por “uma forte componente física” será levado “a uma superação que fará com que o grupo perca filtros e defesas, entrando num registo mais filosófico e espiritual”, prossegue o criador.

Assim, com uma linguagem vincadamen­te crua e atmosfera obscura, procura-se e exalta-se, nesta proposta, “a poesia por entre as sombras”, tirando partido da escuridão para criar algo luminoso, num espetáculo que é, sobretudo, sobre transforma­ção. Transforma­ção essa que, aliás, está patente na frase que dá nome ao espetáculo, simbolizad­a através do ato de queimar a pele. “É, no fundo, um grito, uma purga que vem de um desejo profundo de mudar de vida, de reclamar urgentemen­te por novos instantes de beleza e inspiração”, reforça Marco Lima, que volta a apresentar uma proposta que privilegia o campo experiment­al a garantir que o espectador não se acomoda à cadeira em que se senta.

Na interpreta­ção, juntam-se a Marco Lima, esta noite, Ana Olive Tree, André Capontes, Catarina Gonçalves, Francesca Gizzi, Natashja Lee, Ori, Patrícia Silva, Sara Sousa, Simone Sousa, Sandra Velvet, Tiago All In e Rubina Macedo, nomes que integraram a turma do laboratóri­o de teatro e performanc­e do qual resultou ‘Vim da noite e queimei a minha pele’. A sonoplasti­a (e ‘set’ integrado) está a cargo do DJ Feliciano.

Os bilhetes para o espetáculo agendado para as 21 horas de hoje, direcionad­o a um público com mais de 18 anos, têm um custo de sete euros e podem ser adquiridos na bilheteira do Teatro Municipal Baltazar Dias, FNAC e online, na plataforma Ticketline.

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‘Vim da noite e queimei a minha pele’ sobe hoje ao palco do Teatro Municipal Baltazar Dias, às 21 horas.
Espetáculo ‘Vim da noite e queimei a minha pele’ sobe hoje ao palco do Teatro Municipal Baltazar Dias, às 21 horas.

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