Jornal Madeira

Preços subiram 6,1% nos últimos 12 meses

A inflação continua a pesar no bolso dos madeirense­s. Em abril, o valor fixou-se nos 6,1%, quando comparado com abril de 2021. Ainda assim, a subida foi menor do que a do país.

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

A inflação na Madeira está a subir a um ritmo mais lento do que no continente. Enquanto que no país a variação de preços em abril foi de 7,2%, comparando com o mesmo mês de 2021, na Madeira a subida foi de 6,1%. Ainda assim, o valor registado na Região é “o mais elevado desde novembro de 2012”.

Numa nota enviada ontem à comunicaçã­o social, a Direção Regional de Estatístic­a da Madeira (DREM) informou, por outro lado, que entre março e abril de 2022, o Índice de Preços do Consumidor (IPC) cresceu +2,6% (+2,2% no País), desacelera­ndo face ao mês anterior (+2,9%).

De resto, a DREM adianta que em abril, na Madeira, a variação média registada pelo IPC nos últimos doze meses – Total Geral – foi de 2,7%, superior em 0,5 pontos percentuai­s (pp) ao registado no mês anterior.

Note-se que este indicador está em trajetória ascendente desde fevereiro de 2021 e em terreno positivo desde o mês de setembro do mesmo ano, atingindo neste mês de abril de 2022 o valor mais elevado desde setembro de 2013.

O indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excluindo produtos alimentare­s não transforma­dos e energético­s, apresentou uma taxa de 1,7%, valor superior em 0,4 pontos percentuai­s (pp) ao observado no mês anterior.

De acordo com a DREM, os bens registaram uma taxa de 3,4% e os serviços de 1,7%, em abril, na Madeira. As variações positivas mais expressiva­s foram observadas nas classes da “Habitação, água, eletricida­de, gás e outros combustíve­is” (+3,4%) e dos “Transporte­s” (+8,8%). Em sentido inverso, a classe da “Educação” registou a maior variação negativa, com -1,9%, seguida da classe das “Bebidas alcoólicas e tabaco”, -0,8%.

No País, o IPC registou uma taxa de variação média de 2,8%, valor superior em 0,6 pp ao observado no mês anterior (2,2%).

Na taxa de variação homóloga (que atingiu os 6,1% em abril), a classe dos “Transporte­s” apresentou a maior variação positiva (+13,1%) e as “Bebidas alcoólicas e tabaco” a menor (-1,7%). A classe dos “Transporte­s” foi a que mais contribuiu para a formação desta taxa, com 2,2 pp.

Já a taxa de variação homóloga das rendas de habitação foi de 2,6%, em abril de 2022, superior em 0,1 pp à taxa apurada no mês anterior. A nível nacional, a taxa de variação homóloga foi de 7,2%, valor superior em 1,9 p.p. ao registado no mês anterior.

Por outro lado, analisando os dados a nível mensal, ou seja, comparando abril com o mês anterior, a classe das “Bebidas alcoólicas e tabaco” registou a maior variação negativa (-2,7%) e a classes dos “Transporte­s” (+9,7%) a maior variação positiva. A variação do valor médio das rendas de habitação por metro quadrado de área útil, na Região, foi de +0,3%.

A nível nacional, a taxa de variação mensal foi de 2,2%, inferior em 0,3 p.p. ao registado no mês anterior.

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal