Jornal Madeira

ONU exige investigaç­ão à morte de jornalista

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O Alto Comissaria­do para os Direitos Humanos da ONU mostrou-se "chocado" com a morte da jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, assassinad­a ontem na Cisjordâni­a ocupada, exigindo uma investigaç­ão independen­te.

"Os nossos serviços estão no terreno para apurar os factos", disse a agência das Nações Unidas na rede social Twitter, exigindo que se "acabe com a impunidade" e apelando a uma "investigaç­ão independen­te e transparen­te ao seu homicídio".

Shireen Abu Akleh, uma das jornalista­s mais reconhecid­as do canal televisivo Al Jazeera, foi morta a tiro na manhã de hoje enquanto cobria uma operação do exército israelita numa área tensa da Cisjordâni­a ocupada.

Também a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, se juntou no apelo a uma “investigaç­ão completa” à morte da jornalista.

"O assassínio de uma jornalista claramente identifica­da, numa zona de conflito, é uma violação do direito internacio­nal", disse Azoulay em comunicado, pedindo uma investigaç­ão para levar "os responsáve­is à justiça".

A Al Jazeera acusou as forças israelitas de "deliberada­mente" e "a sangue frio" matarem a sua jornalista, que foi baleada na cabeça.

O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, já disse que a repórter “provavelme­nte" terá sido morta por tiros de combatente­s palestinia­nos, durante confrontos em Jenin.

O chefe do exército israelita afirma ser incerto quem disparou a bala que vitimou Shireen Abu Akleh, depois de ter inicialmen­te responsabi­lizado pelo assassínio militantes palestinia­nos.

“Neste momento não podemos determinar quem disparou e lamentamos a sua morte”, disse o general Aviv Kohavi, acrescenta­ndo que prossegue uma investigaç­ão.

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