Madeira não tem abandono escolar
“Não temos, na Região, abandono escolar”. A declaração foi proferida pelo secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, que ontem marcou presença na entrega de prémios de mérito, que decorreu na Escola Secundária de Machico.
“As nossas taxas de retenção são muito reduzidas e isso permite que possamos ter hoje bons níveis de conclusão do ensino secundário”, alvitrou.
Só no caso dos estudantes do 12.º ano, 87% dos alunos madeirenses que se candidataram ao ensino superior ingressaram nas universidades. Algo que demonstra a qualidade formativa, agradecendo “àqueles que traçam um projeto para a sua vida académica perspetivando a concretização em termos profissionais”.
Além de felicitar todos aqueles que são reconhecidos pelo seu desempenho, que não é apenas académico, o governante referiu que os indicadores obtidos são ainda fruto “de um conjunto de critérios que vão mais além do que apenas e tão só o resultado dos testes naquilo que são as avaliações dos respetivos alunos”, averbou, acrescentado que se reporta a alunos exemplares na comunidade escolar.
Secretário diz que os jovens estão empenhados em ter mais formação.
Isto porque, “associado ao mérito académico, está também a assiduidade, a solidariedade, a cidadania”, o que agrada à Secretaria Regional de Educação por constatar este empenho.
Os prémios entregues, que se referem ao ano letivo 2020/21, ganham mais ênfase dado ter sido “um ano ainda de grandes desafios”. Daí este reconhecimento ter um sabor mais especial e que é extensível aos educadores, cujo desempenho e dedicação enalteceu em prol das aprendizagens à distância.
Aprendizagens tecnológicas
A empresa NOS Madeira, com representante no evento, foi também um ator fundamental para que o sucesso se destacasse num contexto pandémico. Foi também nesse sentido que o secretário falou, valorizando ainda o desempenho da escola de Machico nesse processo.
Transição digital
Na ocasião, aproveitou para anunciar que “no próximo ano letivo todos os alunos da Região, do 5.º ao 8.º anos, estarão já integrados neste processo de transição digital utilizando apenas os manuais digitais”. “Teremos alguns alunos, de algumas escolas, nomeadamente dos concelhos da Ribeira Brava, Calheta e Ponta do Sol, e é nessa perspetiva que vamos iniciar uma experiência piloto” para alunos do 10.º uma vez que a partir do próximo ano os alunos “que concluem o 9.º ano trazem já no seu trajeto a sua experiência no digital”. Logo aí, sustentou, “as escolas têm de estar preparadas para dar essa resposta”.