Inquéritos da DREM mobilizam perto de meia centena de entrevistadores
“Não há cruzamentos de informação, seja com que organismo for”, nem motivos para ter receio em responder, diz Paulo Vieira.
O segundo trimestre deste ano vai ser intensivo para a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) que tem entre mãos diversos inquéritos dirigidos às famílias madeirenses.
O planeamento feito, em Lisboa, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) está condicionado por prazos que vêm da União Europeia e vai mobilizar perto de meia centena de entrevistadores que se revezam e distribuem por sete inquéritos.
“Esta concentração de inquéritos causa uma pressão interna muito grande, mas não é por nossa opção, nem do INE. Os calendários são definidos ao nível da União Europeia”, explica o diretor da DREM, Paulo Vieira.
A necessidade de respeitar os prazos não reduz, contudo, o elevado nível de exigência do trabalho, particularmen
Paulo Vieira, te do Inquérito às Despesas das Famílias (IDF) e do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR), garante o diretor da DREM.
“Colocamos muitas vezes a tónica na colaboração, mas não é apenas isso que é necessário. É também preciso ser exaustivo na declaração dos rendimentos e das despesas”, esclarece o tutelar da pasta da Estatística na Madeira.
Para Paulo Vieira, é importante que quem colabora saiba que “não há cruzamentos de informação, seja com que organismo for”, nem motivos para ter receio em responder.
“Não estamos interessados em saber a vida particular das pessoas. A recolha de dados individual é necessária apenas para chegarmos a um resultado para o coletivo”.
O diretor da DREM adianta ainda que na generalidade dos inquéritos as taxas de respostas da Região estão acima da média nacional, não obstante alguns receios dos inquiridos na hora de colaborar. Curiosamente, refere, os estrangeiros “compreendem melhor a obrigação” de prestar informação.
“É uma questão cultural, mas estamos a evoluir muito nesse campo, pois a visibilidade que é dada aos resultados dos inquéritos é cada vez maior. As estatísticas servem para o diagnóstico de situações, na fundamentação, no apoio à decisão e são usadas também no debate político. Por outro lado, nas escolas a estatística é também falada nos diversos níveis de ensino”, conclui.
USO DE TECNOLOGIAS
Na primeira quinzena de maio, inicia-se o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias (IUTIC) cuja meta é conhecer a proporção de indivíduos entre 16 e 74 anos que utilizam estas tecnologias. Numa primeira fase, as famílias vão poder responder pela internet, sendo que na fase subsequente passa a vigorar o modo telefónico. A amostra deste inquérito é de aproximadamente 1.500 famílias madeirenses.
SEGURANÇA
A partir da segunda quinzena de maio, decorre o Inquérito sobre Segurança no Espaço Público e Privado (ISEPP), que envolve 1.230 famílias.
Este inquérito visa contribuir para a consolidação de um sistema de informação estatístico europeu sobre a prevalência e características de todas as formas de violência (física, sexual, psicológica e económica) com enfoque na temática da violência de género e violência doméstica.
Esta operação envolverá 9 entrevistadores na recolha de informação.
Na generalidade dos inquéritos, as taxas de respostas da Região estão acima da média nacional”. diretor da DREM
DESPESA
A operação que define o cabaz do Índice de Preços de Consumidor
(IPC) começou em fevereiro. Com uma duração de cerca de um ano, o Inquérito à Despesa das Famílias (IDF) tem como objetivo principal perceber em que bens e serviços as famílias gastam o seu orçamento e possíveis alterações aos padrões de consumo que possam provocar mudanças nos ponderadores de cada produto do cabaz do IPC.
Na Madeira, 1 480 famílias serão inquiridas presencialmente, estando envolvidos nesta operação 22 entrevistadores.