São Roque está a braços o trá o e ro a e assa tos
Com cautela e desconfiança. É assim que vivem os residentes de São Roque. A pandemia trouxe um agravamento do consumo de droga e os assaltos aumentaram. A população diz-se alarmada. A Junta pede mais intervenção e a PSP anda a circular.
2 em zonas diferentes dizem estar cansados da insegurança que assistem quase diariamente.
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A freguesia de São Roque, sobretudo algumas áreas estratégicas, estão em alvoroço e os moradores dormem com ‘um olho aberto e outro fechado’, com medo dos assaltos. Segundo dois moradores em sítios diferentes daquela freguesia fizeram chegar ao Jornal, o número de assaltos tem aumentado a olhos vistos, sendo que a Polícia de Segurança Pública é chamada com frequência “e até já apanhou alguns em flagrante delito”. Acontece que um ou dois dias depois, os mesmos andam na rua. Nos mesmos sítios. Às mesmas horas e com o mesmo objetivo. Muro da Coelha e toda a Estrada João Abel de Freitas são algumas das áreas problemáticas, em que alguns residentes já receberam a visita dos ‘amigos do alheio’ mais do que uma vez. Segundo os moradores, tudo isto deve-se ao facto de, alegadamente, viverem na freguesia alguns traficantes de droga denominada ‘pesada’. Por outro lado, os que vivem na freguesia e que passam o dia em casa dizem saber mais ou menos quem são os habituais ladrões. E garantem ter ideia que já estiveram presos e que, no regresso à rua, “retomam a ‘atividade’”.
Contactado pelo Jornal, o presidente da Junta de São Roque confirma a aflição da população e diz que, inclusive, há dois meses houve uma reunião com a Polícia de Segurança Púbica por causa desta situação. Pedro Gomes não esteve presente mas fez-se representar por um elemento da equipa, que teve oportunidade de transmitir o quanto os locais estão preocupados.
Quase diariamente, há quem se desloque ao órgão de poder local para falar deste problema e contar a sua história de vítimas dos que percorrem partes da freguesia a fa
Em São Roque, há quem esteja sem dormir por causa dos assaltos.
zer assaltos. Há, inclusive, quem, desses meliantes, “esteja a ocupar casas devolutas, a dormir onde pode e a conspurcar várias áreas”. No entender de Pedro Gomes, que reconhece que a PSP tem feito várias
visitas à freguesia, é preciso mais. Muito mais. É que, segundo adianta, o problema é grave.
Dizem-nos os residentes que vivem nas zonas mais afetadas que já estão a precisar de apoio psicológico.
Não conseguem dormir. Vivem com medo e ficam aborrecidos quando sabem que as autoridades são muito brandas nestas questões. Afirmam também que foi com a pandemia que o problema piorou drasticamente.
Questionada, na última terça-feira, pelo Jornal, a PSP confirmou que no último fim de semana levou a efeito um conjunto de ações no Funchal, com maior incidência na freguesia de São Roque.
Ali, identificou três homens, com idades entre os 29 e os 34 anos de idade, pelos crimes de furto qualificado e recetação, tendo sido recuperado material de construção que havia sido furtado e que correspondia ao valor de mil euros.
Na ação, foi também apreendida uma viatura usada pelos suspeitos. Por outro lado, na mesma freguesia, foram identificados dois homens, com idades de 21 e 45 anos, pelo consumo de substâncias estupefacientes e psicoativas, tendo sido apreendidas oito doses individuais de haxixe e duas de substâncias psicoativas.
Mas já anteontem, o Comando da PSP comunicava a detenção de mais um cidadão naquela freguesia. Este, de 25 anos, foi detido pelo crime de furto de viatura e condução com falta de habitação legal para tal.
O detido, na zona de São Roque, circulava com a viatura furtada. Foi possível apreender diversos utensílios usados pelo mesmo para a tática deste crime.
Segundo a PSP, o cidadão está referenciado como sendo um dos responsáveis pelos furtos de veículos que têm ocorrido nos últimos dias na cidade do Funchal, pelo que a sua detenção em flagrante delito veio confirmar estas suspeitas iniciais. Após contacto como o Tribunal Judicial da Comarca do Funchal, o mesmo foi constituído arguido, sujeito a termo de identidade e residência, sendo determinada a sua restituição à liberdade.