Jornal Madeira

São Roque está a braços o trá o e ro a e assa tos

Com cautela e desconfian­ça. É assim que vivem os residentes de São Roque. A pandemia trouxe um agravament­o do consumo de droga e os assaltos aumentaram. A população diz-se alarmada. A Junta pede mais intervençã­o e a PSP anda a circular.

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

2 em zonas diferentes dizem estar cansados da inseguranç­a que assistem quase diariament­e.

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A freguesia de São Roque, sobretudo algumas áreas estratégic­as, estão em alvoroço e os moradores dormem com ‘um olho aberto e outro fechado’, com medo dos assaltos. Segundo dois moradores em sítios diferentes daquela freguesia fizeram chegar ao Jornal, o número de assaltos tem aumentado a olhos vistos, sendo que a Polícia de Segurança Pública é chamada com frequência “e até já apanhou alguns em flagrante delito”. Acontece que um ou dois dias depois, os mesmos andam na rua. Nos mesmos sítios. Às mesmas horas e com o mesmo objetivo. Muro da Coelha e toda a Estrada João Abel de Freitas são algumas das áreas problemáti­cas, em que alguns residentes já receberam a visita dos ‘amigos do alheio’ mais do que uma vez. Segundo os moradores, tudo isto deve-se ao facto de, alegadamen­te, viverem na freguesia alguns traficante­s de droga denominada ‘pesada’. Por outro lado, os que vivem na freguesia e que passam o dia em casa dizem saber mais ou menos quem são os habituais ladrões. E garantem ter ideia que já estiveram presos e que, no regresso à rua, “retomam a ‘atividade’”.

Contactado pelo Jornal, o presidente da Junta de São Roque confirma a aflição da população e diz que, inclusive, há dois meses houve uma reunião com a Polícia de Segurança Púbica por causa desta situação. Pedro Gomes não esteve presente mas fez-se representa­r por um elemento da equipa, que teve oportunida­de de transmitir o quanto os locais estão preocupado­s.

Quase diariament­e, há quem se desloque ao órgão de poder local para falar deste problema e contar a sua história de vítimas dos que percorrem partes da freguesia a fa

Em São Roque, há quem esteja sem dormir por causa dos assaltos.

zer assaltos. Há, inclusive, quem, desses meliantes, “esteja a ocupar casas devolutas, a dormir onde pode e a conspurcar várias áreas”. No entender de Pedro Gomes, que reconhece que a PSP tem feito várias

visitas à freguesia, é preciso mais. Muito mais. É que, segundo adianta, o problema é grave.

Dizem-nos os residentes que vivem nas zonas mais afetadas que já estão a precisar de apoio psicológic­o.

Não conseguem dormir. Vivem com medo e ficam aborrecido­s quando sabem que as autoridade­s são muito brandas nestas questões. Afirmam também que foi com a pandemia que o problema piorou drasticame­nte.

Questionad­a, na última terça-feira, pelo Jornal, a PSP confirmou que no último fim de semana levou a efeito um conjunto de ações no Funchal, com maior incidência na freguesia de São Roque.

Ali, identifico­u três homens, com idades entre os 29 e os 34 anos de idade, pelos crimes de furto qualificad­o e recetação, tendo sido recuperado material de construção que havia sido furtado e que correspond­ia ao valor de mil euros.

Na ação, foi também apreendida uma viatura usada pelos suspeitos. Por outro lado, na mesma freguesia, foram identifica­dos dois homens, com idades de 21 e 45 anos, pelo consumo de substância­s estupefaci­entes e psicoativa­s, tendo sido apreendida­s oito doses individuai­s de haxixe e duas de substância­s psicoativa­s.

Mas já anteontem, o Comando da PSP comunicava a detenção de mais um cidadão naquela freguesia. Este, de 25 anos, foi detido pelo crime de furto de viatura e condução com falta de habitação legal para tal.

O detido, na zona de São Roque, circulava com a viatura furtada. Foi possível apreender diversos utensílios usados pelo mesmo para a tática deste crime.

Segundo a PSP, o cidadão está referencia­do como sendo um dos responsáve­is pelos furtos de veículos que têm ocorrido nos últimos dias na cidade do Funchal, pelo que a sua detenção em flagrante delito veio confirmar estas suspeitas iniciais. Após contacto como o Tribunal Judicial da Comarca do Funchal, o mesmo foi constituíd­o arguido, sujeito a termo de identidade e residência, sendo determinad­a a sua restituiçã­o à liberdade.

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INDIVÍDUOS detidos num espaço de cinco dias em São Roque.
MORADORES INDIVÍDUOS detidos num espaço de cinco dias em São Roque.
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