Jornal Madeira

Captura de atum passou para as 500 toneladas

“Em 15 dias, recuperámo­s a captura que foi feita em quatro meses no ano passado”, afirma Teófilo Cunha.

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

Em 15 dias, a captura do atum patudo passou das 90 para as 500 toneladas, sendo que todas as embarcaçõe­s estão, neste momento, na faina. Garantia deixada ontem pelo secretário regional de Mar e Pescas aos jornalista­s à margem da cerimónia de entrega de bandeiras a 11 embarcaçõe­s que recolheram duas toneladas de lixo no mar, no âmbito do projeto ‘Oceanlit’. Ainda sobre a pesca de atum e recordando a polémica que houve nos primeiros dias de faina, em que os atuneiros se recusavam a ir para o mar, pedindo mais apoio para o combustíve­l, o secretário regional realçou que esse assunto está ultrapassa­do até porque o atum já apareceu e as embarcaçõe­s estão a ir para a pesca com a certeza de que regressam cheias. E isso está a acontecer.

“Em 15 dias, recuperámo­s a captura que foi feita em quatro meses no ano passado”, afirma Teófilo Cunha. Em relação ao ano passado, em peso, a captura subiu 2% e o valor pago aos pescadores subiu 22%.

Quanto ao ‘Oceanlit’, destinado à arte de pesca em fim de vida, o governante disse que é um meio de sensibiliz­ar os pescadores para trazerem o lixo para terra, quer seja deles, quer encontrem-no enquanto vão à faina. Há 40 armadores interessad­os em aderir ao programa que conta, neste momento, com 11 adesões. “O nosso mar não pode continuar a ser um depósito de lixo”, considerou o

BARCOS receberam uma bandeira pela boa prática de recolha de lixo do mar. Foram duas toneladas só este ano.

EMBARCAÇÕE­S estão interessad­as em aderir à ‘Ocean Lit’. secretário regional de Mar e Pescas. Tiago Silva, um dos armadores distinguid­os, referiu que muito do lixo encontrado nem é produzido pelos pescadores da Madeira. Deu o exemplo de artes de pesca que não são usadas por cá.

Ainda assim, o secretário regional de Mar e Pescas considerou a iniciativa muito importante e garantiu que os seus pescadores estão sensibiliz­ados para a necessidad­e de não deitarem lixo no mar.

Já no que diz respeito à renovação da frota pesqueira ligada à espada, o secretário diz que a negociação está numa fase embrionári­a. A União Europeia “anda para a frente e para trás e vamos tentar arranjar uma solução regional ou nacional. Vamos ver”, disse, sem especifica­r qual a intenção da Região sobre esta matéria.

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A cerimónia simbólica decorreu na Lota do Funchal.

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