Jornal Madeira

Polícia e funcionári­os alvo de insultos

- Por Paulo Graça paulo.graca@jm-madeira.pt

Um grupo de alunos tem provocado um autêntico ambiente de terror numa escola secundária em Santa Cruz. Colegas, professore­s, funcionári­os e até as autoridade­s estão com algum medo do que possa acontecer no futuro, numas denúncias que chegaram ao JM através de um grupo anónimo de pais que temem pela segurança dos seus filhos.

As situações de indiscipli­na acontecem com alguma frequência e já chegaram às agressões, revelam, sem que a direção da escola tome posição sobre os factos provocados, a maioria sempre da autoria dos mesmos alunos.

A PSP já fez algumas detenções e identifica­ções de alguns alunos que têm provocado estes distúrbios e desacatos neste estabeleci­mento de ensino ao longo do ano.

No último mês, os casos de indiscipli­na são frequentes no interior, bem como nas imediações do estabeleci­mento escolar. Num episódio dos últimos tempos, um desses alunos desse grupo chegou a ameaçar e agredir um funcionári­o e há duas semanas tentou agredir um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP).

O primeiro caso aconteceu quando o rapaz, de 15 anos, levou uma arma branca para a escola e ameaçou uma funcionári­a, que solicitou o auxílio a um colega para confiscar a faca. Esse funcionári­o acabou por ser agredido pelo aluno.

Agente usou gás pimenta

Já há duas semanas, o mesmo aluno ameaçou um agente da PSP que estava no local, chegando a ameaçar agredi-lo. Foram, primeiro, os pais de alguns alunos que evitaram o pior e, depois, foi o agente que teve de usar o gás pimenta para evitar que esse aluno e outros incentivad­os por ele consumasse­m as agressões.

O grupo acabou identifica­do pela PSP, que já fez um relatório detalhado dos acontecime­ntos que têm decorrido naquela escola, acrescento­u fonte da PSP, que acrescento­u que a situação é grave e a direção da escola sabe de tudo o que se tem passado há já algum tempo. A queixa já seguiu para as autoridade­s judiciais.

PSP e escola não se pronunciam

Na passada segunda-feira, o JM questionou sobre estes factos a Secretaria Regional da Educação, Ciência e Tecnologia e ainda o Comando Regional da Polícia de Segurança Pública (PSP). Quer um e outro não respondera­m, ficando os pais daquela escola e os leitores do JM sem a versão de quem tem a responsabi­lidade de fiscalizar e garantir a segurança de um estabeleci­mento de ensino.

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