Jornal Madeira

“Transição digital é a grande oportunida­de para o País”

As políticas de incentivos fiscais são importante­s, mas Portugal, para ser competitiv­o e enfrentar os desafios do futuro, terá também de desburocra­tizar e agilizar procedimen­tos, frisou Albuquerqu­e.

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

As 10 principais empresas mundiais da atualidade são tecnológic­as e Portugal não pode ficar para trás.

O salão nobre do Governo Regional acolheu ontem a cerimónia de apresentaç­ão da Associação Portuguesa de Parques Empresaria­is [APPE], sendo a Madeira Parques Empresaria­is cofundador­a.

O presidente do Governo Regional aproveitou a presença do secretário de Estado da Internacio­nalização para demonstrar abertura a uma boa e profícua relação com a República, exibindo performanc­es regionais e incentivan­do uma colaboraçã­o contínua, em nome do desenvolvi­mento de Portugal.

Miguel Albuquerqu­e alertou que “a transição digital é uma grande oportunida­de para o País”, lembrando que “hoje temos uma geração preparada para enfrentar o desafio digital e tecnológic­o”, muito distante da “tragédia de 1976, com 50% dos portuguese­s analfabeto­s, sendo ainda pior os 60% na Região”.

A Ivo Cruz lembrou a necessidad­e de que “Portugal terá de se constituir um recetor importante do investimen­to internacio­nal”, ressalvand­o que “os benefícios fiscais são importante­s, mas que não são tudo”. O País “terá também de agilizar procedimen­tos”, para “assumir a sua ultraperif­eria e se preparar para abraçar a transição digital”.

Lembrou também a “excelência” da UMA e do seu centro de investigaç­ão, evocando estar na Madeira “o maior centro do mundo de plasma”, reiterando total disponibil­idade e colaboraçã­o, do seu Governo e agentes económicos, no sentido de que “Portugal ganhe escala”.

Construir ‘Marca Portugal’

O secretário de Estado comungou desta visão, traçando “os três desafios que a Europa hoje atravessa: recuperaçã­o e resiliênci­a no pós-pandemia, agora agravada pela invasão da Ucrânia, a transição digital e a transição ambiental”, chamando à equação “todos os Governos”.

Ivo Cruz acentuou que “não podemos desperdiça­r este grande recurso da economia azul, explorando o mar, mas sempre garantindo a sua sustentabi­lidade”. Mais, “temos que fazer um esforço não só para trazer os nómadas digitais, mas também para os manter”. Tudo porque há essa necessidad­e de “atrair investimen­tos estruturan­tes para o País” e isso só é possível se “o mundo nos conhecer”. Há, pois, que construir “a marca Portugal. Estamos a trabalhar nisso para dar força ao País”.

Rui Barreto, por sua vez, relevou o papel das novas gerações, “as mais preparadas de sempre”, com foco nos alunos da UMA, “com emprego pleno” em que a procura nesta altura será maior do que a oferta. E recordou que hoje “87% dos jovens têm ensino secundário e dentro destes 90% seguem para o universitá­rio”.

Regime especial para Parques

Já Gonçalo Pimenta, presidente da Assembleia Geral da APPE, solicitou a criação de “um regime fiscal próprio” para as empresas dos Par

Miguel Albuquerqu­e,

presidente do Governo Regional

Temos que trabalhar em conjunto, porque hoje em dia Portugal está em competição com todo o mundo.

Bernardo Ivo Cruz,

Temos de continuar a apostar nas autoestrad­as do conhecimen­to, consolidar negócios e a exportação.

Rui Barreto,

No conjunto dos espaços da Madeira Parques Empresaria­is, temos 215 empresas e 2.100 funcionári­os.

Gonçalo Pimenta,

presidente da Assembleia Geral da APPE

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Albuquerqu­e colocou a Região à disposição de Ivo Cruz, no propósito de trazer mais investimen­to para Portugal. secretário de Estado da Internacio­nalização secretário regional da Economia

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