“Transição digital é a grande oportunidade para o País”
As políticas de incentivos fiscais são importantes, mas Portugal, para ser competitivo e enfrentar os desafios do futuro, terá também de desburocratizar e agilizar procedimentos, frisou Albuquerque.
As 10 principais empresas mundiais da atualidade são tecnológicas e Portugal não pode ficar para trás.
O salão nobre do Governo Regional acolheu ontem a cerimónia de apresentação da Associação Portuguesa de Parques Empresariais [APPE], sendo a Madeira Parques Empresariais cofundadora.
O presidente do Governo Regional aproveitou a presença do secretário de Estado da Internacionalização para demonstrar abertura a uma boa e profícua relação com a República, exibindo performances regionais e incentivando uma colaboração contínua, em nome do desenvolvimento de Portugal.
Miguel Albuquerque alertou que “a transição digital é uma grande oportunidade para o País”, lembrando que “hoje temos uma geração preparada para enfrentar o desafio digital e tecnológico”, muito distante da “tragédia de 1976, com 50% dos portugueses analfabetos, sendo ainda pior os 60% na Região”.
A Ivo Cruz lembrou a necessidade de que “Portugal terá de se constituir um recetor importante do investimento internacional”, ressalvando que “os benefícios fiscais são importantes, mas que não são tudo”. O País “terá também de agilizar procedimentos”, para “assumir a sua ultraperiferia e se preparar para abraçar a transição digital”.
Lembrou também a “excelência” da UMA e do seu centro de investigação, evocando estar na Madeira “o maior centro do mundo de plasma”, reiterando total disponibilidade e colaboração, do seu Governo e agentes económicos, no sentido de que “Portugal ganhe escala”.
Construir ‘Marca Portugal’
O secretário de Estado comungou desta visão, traçando “os três desafios que a Europa hoje atravessa: recuperação e resiliência no pós-pandemia, agora agravada pela invasão da Ucrânia, a transição digital e a transição ambiental”, chamando à equação “todos os Governos”.
Ivo Cruz acentuou que “não podemos desperdiçar este grande recurso da economia azul, explorando o mar, mas sempre garantindo a sua sustentabilidade”. Mais, “temos que fazer um esforço não só para trazer os nómadas digitais, mas também para os manter”. Tudo porque há essa necessidade de “atrair investimentos estruturantes para o País” e isso só é possível se “o mundo nos conhecer”. Há, pois, que construir “a marca Portugal. Estamos a trabalhar nisso para dar força ao País”.
Rui Barreto, por sua vez, relevou o papel das novas gerações, “as mais preparadas de sempre”, com foco nos alunos da UMA, “com emprego pleno” em que a procura nesta altura será maior do que a oferta. E recordou que hoje “87% dos jovens têm ensino secundário e dentro destes 90% seguem para o universitário”.
Regime especial para Parques
Já Gonçalo Pimenta, presidente da Assembleia Geral da APPE, solicitou a criação de “um regime fiscal próprio” para as empresas dos Par
Miguel Albuquerque,
presidente do Governo Regional
Temos que trabalhar em conjunto, porque hoje em dia Portugal está em competição com todo o mundo.
Bernardo Ivo Cruz,
Temos de continuar a apostar nas autoestradas do conhecimento, consolidar negócios e a exportação.
Rui Barreto,
No conjunto dos espaços da Madeira Parques Empresariais, temos 215 empresas e 2.100 funcionários.
Gonçalo Pimenta,
presidente da Assembleia Geral da APPE