Jornal Madeira

Kiev quer reconstrui­r país com bens russos con scados

A cada dia que passa, agravam-se os custos de reconstruç­ão de um país que está já a ser bombardead­o há 80 dias. Há cidades reduzidas a escombros e campos completame­nte minados.

- Por Carla Sousa/lusa carlasousa@jm-madeira.pt

A proposta já havia sido feita há algum tempo, quer pela França - que no início do mês juntou deputados, embaixador­es e vários especialis­tas para estudar formas de usar os bens russos confiscado­s para ajudar as vítimas da guerra; quer pelos EUA – que pretendem encaminhar para a ajuda à Ucrânia dinheiro da venda de bens apreendido­s a oligarcas russos, mas agora o pedido veio diretament­e de Kiev.

O chefe da diplomacia da Ucrânia pediu ontem ao G7 que sejam confiscado­s bens russos destinados à reconstruç­ão das zonas destruídas pela invasão e insistiu no embargo da União Europeia ao petróleo da Rússia.

"Peço, hoje, aos Estados-membros do G7 que adotem legislação para que sejam aplicadas todas as medidas necessária­s para que sejam confiscado­s todos os bens russos destinados à reconstruç­ão da Ucrânia", declarou o ministro dos Negócios Estrangeir­os ucraniano, Dmytro Kuleba.

O chefe da diplomacia da Ucrânia participa na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeir­os do G7 reunidos em Wangels, no norte da Alemanha.

Kuleba disse ainda que as sanções "sem o embargo ao petróleo" russo podem demonstrar uma "rutura na unidade" do bloco europeu.

Os ministros dos Negócios Estrangeir­os do G7 iniciaram, na quinta-feira, uma reunião de três dias em Schloss Weissenhau­s, na costa do Mar Báltico, na Alemanha, país que ocupa atualmente a presidênci­a anual rotativa do grupo.

Além da Alemanha, o G7 integra Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com a União Europeia (UE) a participar também nas reuniões do grupo.

No decorrer deste encontro, o ministro dos Negócios Estrangeir­os francês, Jean-yves Le Drian, destacou a "forte união" dos países do G7 para apoiar a luta da Ucrânia contra a Rússia "até à vitória".

"Isto faz parte da forte união dos membros do G7 para continuar a apoiar os combates da Ucrânia na luta pela soberania, até à vitória", disse Le Drian.

Anteriorme­nte, a ministra dos Negócios Estrangeir­os do Reino Unido defendeu, igualmente nesta reunião do G7, um reforço no envio de armamento para a Ucrânia e exigiu a aplicação de novas sanções contra a Rússia.

"Neste momento, é importante manter a pressão sobre [Presidente russo] Vladimir Putin. Fornecer mais armas à Ucrânia e aumentar as sanções" contra o Kremlin, disse Liz Truss.

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