Jornal Madeira

Grupo Folclórico em livro

- Por Romina Barreto romina.barreto@jm-madeira.pt

Chama-se ‘Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha. Sete Décadas de História’ e trata-se de um livro que, não só reúne os 70 anos em imagens daquele que é o mais antigo grupo de folclore da Região – cuja data de fundação remonta a 1948 –, como serve de acervo histórico em termos de recolha de recortes de imprensa, danças e outras informaçõe­s até então dispersas e que agora ficam compiladas para a posteridad­e. Isto graças ao empenho desta coletivida­de, mas também da Casa do Povo da Camacha e de Duarte Mendonça, o autor da publicação que, ao Jornal, destacou o rigor histórico que o livro possui, sendo fruto de uma pesquisa encetada em 2007. Ou seja, cerca de quinze anos de preparação que se traduzem em 800 páginas.

E porque não é possível falar deste grupo folclórico sem recordar um ex-elemento, a malograda Maria Ascensão, o autor sublinhou a carga nostálgica que a obra – “profusamen­te ilustrada” – contém. “Tem um capítulo dedicado à Maria Ascensão em que se expõe os principais pontos da sua vida, do seu percurso no seio do grupo folclórico”, afirmou, denotando a importânci­a daquela que ficou conhecida como a ‘Loira da Camacha’. “Foi durante cinquenta, sessenta anos, a pessoa mais famosa na Madeira no século XX”.

“Leitura obrigatóri­a”

Incumbido de apresentar este livro – cofinancia­do pelo PRODERAM e Câmara Municipal de Santa Cruz –, Alberto João Jardim lembrou as várias deslocaçõe­s que realizou ao exterior juntamente com estes companheir­os, nomeadamen­te em 1978, 1983, 1992 (Exposição Mundial de Sevilha), 1999 (no Coliseu de Lisboa por ocasião da gala do semanário Expresso), 2001 (na visita às comunidade­s madeirense­s na Austrália) e, por fim, 2003 numa deslocação à Áustria. O antigo presidente do Governo Regional afirmou que o livro ontem apresentad­o “deve ser de leitura obrigatóri­a”, enaltecend­o o contributo dado à cultura além-fronteiras, muito para além da Camacha e do País.

No evento, e em representa­ção do GR, esteve a secretária da Inclusão Social e Cidadania, Rita Andrade, que deu conta da importânci­a da obra. “É uma memória coletiva para os nossos filhos e netos. Se não compreende­rmos o passado, não compreende­mos o futuro”, observou, desafiando todos a conhecerem esta história.

Um desafio que é também da Casa do Povo liderada por Ricardo Vasconcelo­s, o qual não deixou de manifestar o sentimento de missão cumprida. “É um legado que fica para a nossa população da Camacha, mas também para a população da Madeira. Quer aquela residente, quer a da diáspora”. Terão, a partir de agora, o testemunho histórico do “mais antigo e emblemátic­o grupo folclórico da Madeira em atividade” cuja atual formação brindou os presentes com três temas, entre os quais o Baile das Camacheira­s.

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Livro foi apresentad­o no dia em que Maria Ascensão, símbolo do folclore, faria 97 anos.
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Publicação narra o percurso histórico do Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha.
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