“Clivagens vão acentuar-se de forma ainda mais brutal”
O coordenador do PCP na Madeira, Edgar Silva, denunciou ontem a perda do poder de compra que os madeirenses estão a sofrer, perante a escalada de preços desencadeada pelo comportamento da inflação, e defendeu que a “grande centralidade na atualidade política da Região e do País” deve ser o “progresso social e a justiça”.
“Nós estamos num tempo em que o agravamento das desigualdades sociais, as grandes injustiças, se vão acentuar no País e na Região, com o ataque ao poder de compra à generalidade das pessoas que vivem do seu trabalho”, enquadrou Edgar Silva, ontem, num jantar-comício em Machico.
Como “as desigualdades vão acentuar-se de forma muito vincada na nossa sociedade”, o coordenador do PCP antecipa que “uma questão prioritária será a luta pela justiça social”.
“Nós estamos num tempo em que a CDU é chamada a uma tarefa insubstituível que é a denúncia destas situações de clivagens, assimetrias, diferenças, desigualdades, injustiças, que já são graves hoje, mas que se acentuarão de forma ainda mais brutal nos próximos tempos”, acrescentou.
Para Edgar Silva, “esta imprescindível necessidade da denúncia dessa injustiça crescente na sociedade portuguesa é um papel que se colocará como inadiável para a CDU”.
Mas além da denúncia, “coloca-se também a urgência de propor e lutar para que sejam tomadas medidas, para que os objetivos do progresso social e da justiça possam ser uma prioridade primeira na agenda política do País e da Região”, complementou. AP