‘Calhau da Lapa’
A freguesia do Campanário assinalou ontem os seus 507 anos, perpetuando a data com uma sessão solene, no edifício que agrega a Casa do Povo, a Segurança Social e a Junta de Freguesia locais.
David Sousa, que preside à Junta de Freguesia local, fez as ‘honras da casa’, a ‘meias’ com Ricardo Nascimento, o presidente da Câmara da Ribeira Brava, ambos eleitos pelo ‘RB1’, tal como Roberto Henriques, que lidera a Assembleia de Freguesia. Susana Prada representou o Governo no assinalar da efeméride.
Terra soalheira e com férteis terras, e em constante evolução, com um trabalho contínuo de melhorias, nomeadamente ao nível da acessibilidade, o Campanário é hoje um espaço bastante procurado para fixar residência, sendo muito os cidadãos que ali habitam, mesmo com ações laborais em outros concelhos, nomeadamente no Funchal.
Torna-se, por isso, essencial a requalificação do nó de acesso à via rápida e essa continua a ser uma prioridade municipal e governamental, com a autarquia da Ribeira Brava por estas alturas a aguardar a evolução do projeto, que é do Governo Regional, mas onde o foi ‘permitido’ ao município apresentar sugestões, sendo que a obra deverá ser lançada nos próximos tempos.
Por estas alturas, está em curso a construção do Caminho do Porto da Ribeira, segue-se o arranque da pavimentação do Caminho da Longueira e estão, ainda, a ser ultimados os procedimentos para iniciar a construção do Caminho do Tranqual. No horizonte estão ainda melhoramentos no espaço museológico da Igreja Matriz e na Capela do Bom Despacho. Isto após a requalificação do cemitério e do espaço circundante à Igreja de São Brás.
Todas estas matérias foram reiteradas por Ricardo Nascimento, que lembrou que este ano o seu município dobrou a dotação de verbas às suas freguesias, já depois de David Sousa ter elencado uma série de outras pretensões, naquele que foi o seu primeiro discurso em dia de aniversário da freguesia. Entre elas, além de inúmeras repavimentações e novos acessos, estão um auditório, um pavilhão desportivo, um parque infantil e uma praceta central, propondo ainda a conversão do “degradado edifício da Escola do Porto da Ribeira num local para idosos”. De todas estas metas, David Sousa viu apenas Nascimento lembrar que “o parque infantil está em proposta no Orçamento Participativo, pelo se for a mais votada, irá para o terreno
David Sousa descerrou também aquele que tem sido o seu desempenho, desde outubro, e lançou que em breve irá avançar para um processo toponímico das veredas da freguesia, porque “nesta altura não há placas e os mais novos não sabem a denominação”, e também com o intuito de “preservar a memória coletiva”.
Entre os pedidos, ao Governo Regional esteve a propalada requalificação do Calhau da Lapa, com Susana Prada a perspetivar que a obra possa ser contemplada no Orçamento Regional de 2023.
A secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas lembrou a imensidão de investimento na luta contra as perdas de água e captação e armazenamento, envolvendo a Aguas e Resíduos da Madeira, representada pelo presidente Amílcar Gonçalves, aludindo a “82 milhões de euros investidos e a investir entre 2015 e 2026 no concelho”. Enfatizou ainda os “quatro milhões no projeto da Trompica” e os investimentos na Levada do Norte e no Túnel do Pedregal, onde, hoje, “se perdem 50 a 70 litros de água por segundo, pelas fissuras da levada”.
Louvando a vertente agrícola, lembrou as “40 candidaturas ao abrigo do PRODERAM, no valor 2,7 milhões de euros”, evocou o “bom relacionamento institucional” com o todo do concelho da Ribeira Brava e, em nome do Governo, e afiançou que “os compromissos assumidos, serão para ser cumpridos”.