Mais de 12 mil operações em apenas quatro meses
Até 30 de abril, foram realizadas 12.102 operações de socorro pré-hospitalares, combate a 178 ignições a incêndios urbanos, florestais e em mato e ainda 17 operações de desencarceramento.
Os números de pedidos e operações de socorro pré-hospitalar aumentaram substancialmente em 2022.
Comparando com os números de 2021, há mais 70,59% de incêndios em zona de mato, 37,21% de incêndios em zonas urbanas, 13,33% de pessoas feridas e encarceradas em veículos acidentados e, a terminar, quase 300% a mais de pessoas feridas em levadas ou percursos pedestres.
Desde janeiro a abril, as operações de socorro na Região aumentaram já quase 20%, chegando aos 12.102 serviços pré-hospitalares, isto só ao nível de prestação de cuidados pré-hospitalares e médicos a cidadãos locais e estrangeiros fora do contexto de uma qualquer unidade hospitalar.
Comparando com o período homólogo do ano passado, o Comando Regional de Operações de Socorro (CROS) coordenou mais de 1.791 serviços de emergência aos 10 311 realizados em 2021, todas alertas oriundas do número europeu de emergência.
O Funchal, naturalmente, continua a ser o concelho que observa mais casos de prestação de socorro às populações, chegando às 4.621 operações de socorro, 31,18% de todo o socorro realizado na Região. Já o concelho com menor registo de pedidos e operações de socorro foi o Porto Moniz, onde foram efetuados 1,0% de toda a emergência na Madeira.
O auxílio às populações também aumentou no que diz respeito aos incêndios, um dos grandes problemas regionais, principalmente em época de verão. Os incêndios urbanos, florestais ou em zona de mato também aumentaram desde o inicio do ano, tal como os acidentes nas levadas e nos trilhos pedestres.
A finalizar, as vítimas de acidentes rodoviários que ficaram encarceradas também registaram um aumento em 2022.
Ao nível dos incêndios florestais até 30 de abril, já foram registadas 16 operações de combate, sendo que 145 operações realizaram-se ao nível de zonas em mato. Estas duas tipologias são das mais perigosas para o património regional, já que há muitas situações que colocam em perigo populações e áreas de floresta protegida.
Continuando nos incêndios, agora ao nível urbano, até 30 de abril foram realizadas 59 operações de combate a incêndio nas cidades. Aqui, referência para a maioria dos incêndios em zonas e habitações desabitadas ou em situação degradante.
EMIR participou em 2,5% do socorro
Apesar do substancial aumento dos números de pedidos de socorro, a presença da equipa médica no teatro de operações, pelo contrário, esteve a diminuir desde janeiro.
Tendo em conta dos números de 2021, a EMIR esteve menos vezes nos locais onde ocorreram os acidentes ou incidentes. Isto pode dar a entender que a situação foi de gravidade menor e não colocou em risco a vida das pessoas envolvidas.
Nos primeiros meses de 2022, a EMIR esteve presente em 314 serviços pré-hospitalares, onde o médico e enfermeiro tiveram ação física no teatro de operações. Comparado com o número de pedidos de socorro só do pré-hospitalar integrado no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), estamos a falar de um pouco mais de 2,5% de participação nas 12.102 operações de socorro. No ano passado, a EMIR participou, também nos 4 primeiros meses, em mais de 3,1% dos 10.311 pedidos de socorro que chegaram ao Comando regional de Operações de Socorro (CROS).
O socorro nas levadas
De ano para ano aumenta o problema de segurança nas levadas e trilhos pedestres, a maioria por incúria de quem prática este tipo de caminhadas. Os acidentes em trilhos pedestres já deixaram mazelas em 35 pessoas, vítimas que foram socorridas quando acionaram o 112.
Apesar do investimento que se fez nestes locais, o aumento da procura tem superado, claramente, as condições de segurança. Apesar de muitos terem a proteção de quem anda nas serras, ainda há quem arrisque fazer estes trilhos sem o mínimo de condições. Para se ter uma ideia, em apenas quatro meses, de janeiro a abril, os acidentes em levadas aumentaram quase 300%, um valor que deve fazer pensar quem anda nas serras. A maioria dos acidentes até ocorrem em zonas não recomendadas, mas acontecem. Ao ano passado, por exemplo, por esta altura existiam registos de 9 acidentes com pessoas na serra, este ano já vamos nos 35 em apenas quatro meses.