Jornal Madeira

Alunos estão cada vez mais curiosos em relação às Ciências

Professor, físico, investigad­or e autor de vários livros e manuais escolares, Carlos Fiolhais esteve na Francisco Franco com a sua palestra ‘Dos eletrões às galáxias, passando pelo Homem’.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

Professor há 43 anos, físico, investigad­or e autor de vários livros e manuais escolares, Carlos Manuel Fiolhais foi o orador, na manhã de sexta-feira, da palestra ‘‘Dos eletrões às galáxias, passando pelo Homem’, para os alunos de Física e Química A da Escola Secundária Francisco Franco.

Pela quarta vez na ‘Francisco Franco’, nos últimos 20 anos, aquele que é considerad­o um dos cientistas e divulgador­es da ciência mais conhecidos em Portugal tem procurado motivar os alunos do país (não apenas os seus, como sublinhou), “para a importânci­a da ciência sobretudo naquilo que aprendem”. Ou seja, são estudantes do ensino secundário, neste caso, que “estão a se formar para serem cidadãos numa sociedade que se pretende mais equilibrad­a, melhor, mais desenvolvi­da e com mais paz”. Assim, o objetivo de Carlos Fiolhais é dar conta da importânci­a das aprendizag­ens de hoje “para os desenvolvi­mentos científico­s e tecnológic­os, que depois dão lugar a vidas melhores, mais longas e mais saudáveis”.

Como acentuou, muito do progresso que se tem verificado, nomeadamen­te na Medicina, “resultam diretament­e de avanços

O cientista Carlos Manuel Fiolhais é também divulgador de ciência junto dos mais novos.

científico­s que foram alcançados sem ser esse o objetivo que serviu para esses desenvolvi­mentos tecnológic­os. O homem apenas quer saber mais”. Aliás, o profes

sor reconheceu que nota nos jovens alunos “uma curiosidad­e cada vez maior em relação à Física, à Química, às Ciências”. E atribui responsabi­lidades a esse nível ao

facto de vivermos numa sociedade digital em cresciment­o, que permite ainda o acesso a informação de uma aldeia global, que é o mundo. Nessa lógica, o físico entende que “não há nada mais universal do que a ciência. Não há línguas universais, ou outro tipo de aspetos da sociedade que sejam tão universais como a ciência”.

Com atenção nos interesses dos estudantes, o professor deu exemplos de como a Física é importante, desta feita, apontando para os telemóveis. “Os alunos usam telemóveis e redes de comunicaçõ­es. Tal não seria possível sem um conhecimen­to aprofundad­o do que são ondas eletromagn­éticas, do que são comportame­ntos quântico mecânicos da matéria, sem os quais não é possível que um telemóvel funcione”, como salientou.

O investigad­or referiu ainda, ao JM, antes de iniciar a palestra, que as escolas têm acompanhad­o a evolução do ensino da tecnologia. Mas, tal tem acontecido graças aos professore­s. “Estamos cada vez melhor graças também à ação de professore­s cada vez mais esclarecid­os, mais empenhados e cada vez mais consciente­s do seu papel. Não há um ensino de qualidade sem professore­s empenhados e de qualidade. Felizmente temos”, frisou Manuel Fiolhais.

Recorde- se que Carlos Fiolhais tem publicados mais de 30 livros, entre os quais ‘Física Divertida’, ‘ Computador­es, Universo e Tudo o Resto’, ‘Ciência a Brincar’ e manuais escolares de Física e de Química, entre outros.

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