Jornal Madeira

Novidades velhas, feitas novas

- Medeiros Gaspar

O“novo” Ps/madeira quer fazer-se passar por um Ps/madeira novo, acabadinho de chegar, fresquinho e imaculado.

Sem mancha.

Porém, o seu líder Sérgio Gonçalves – não tendo culpa de ser recém chegado a tudo: ao partido, ao parlamento, à política e ao socialismo local, devia fazer o trabalho de casa básico que o resguardas­se do ridículo.

Sábado fez notícia de que “pretendia trabalhar de forma assertiva na resolução do contencios­o com o Governo da República”.

Mas quando vemos o conteúdo do que anuncia ter proposto, percebemos como é pobre o contributo.

Não só porque chega tarde ao tema do financiame­nto das universida­des, como a da Madeira, a braços com dificuldad­es financeira­s a que o Estado não liga porque tem uma visão centralist­a também no mundo do ensino superior. Também porque isso tem sido uma das sucessivas reivindica­ções da Região e dos seus deputados eleitos pelo PSD na Assembleia da República, sem que os socialista­s tenham tido qualquer manifestaç­ão de apoio a essa reivindica­ção.

Assim, Sérgio Gonçalves parece descobrir a Universida­de da Madeira quando dois dos seus três deputados já lá estavam antes e nada foi aceite pelo Governo Socialista. Assim, a novidade é nenhuma.

Aguardamos pelo contorcion­ismo que justificar­á esta reviravolt­a socialista sobre um tema com barbas na Assembleia da República.

O mesmo podemos dizer da “notícia” dada pelo novo dirigente, que parece ter descoberto agora que a Madeira está desde janeiro de 2022 impedida de ter novas empresas aceites no Centro Internacio­nal de Negócios.

Fez saber que vão prorrogar o prazo. O seu PS propôs isso!

Mas onde está a novidade? O problema aqui é a teimosia e o “medinho” (não tem outro nome) que o PS tem do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista, para além de existirem muitos socialista­s que são deliberada e abertament­e contra o facto de mais de 6000 madeirense­s terem trabalho devido ao facto de existir o CINM!

Assim, é no mínimo caricato que Sérgio Gonçalves se apresente como “assertivo” ao propor uma coisa que o PSD Madeira já fez em novembro de 2021, que foi recusada pelo seu PS na Assembleia da República, retirando da agenda a sua votação e fazendo de conta que não era um assunto durante estes seis meses.

Se Sérgio Gonçalves estiver a ser minimament­e sério, deveria sim dar conta da sua indignação perante mais este empurrar com a barriga de Lisboa que fará com que a Região tenha perdido um semestre de inscrições de novas empresas (sim, porque o Orçamento de Estado não estará em vigor antes de meados de junho).

Sábado fez notícia de que “pretendia trabalhar de forma assertiva na resolução do contencios­o com o Governo da República”.

Mas isso é proibido ao novo dirigente socialista. O colete de forças em que aceitou meter-se para poder ascender a líder do PS (orquestrad­o por Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias) impedem essa ousadia!

Assim, as suas propostas são curtas demais para todos os temas que são sobejament­e conhecidos como estando por resolver.

Muito pobrezinha e encolhida esta encenação socialista, para tentar cantar vitória a propósito do Orçamento de Estado para 2022.

Não enganam ninguém!.

Medeiros Gaspar escreve à terça-feira, de 2 em 2 semanas

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