“Neste ritmo, haverá igualdade salarial apenas no ano de 2157”
Foi reprovado, com votos contra de PSD e CDS e a favor de PC, JPP e PCP, um projeto de resolução intitulado ‘Combate à Diferença de Remuneração com Base no Género’, do PCP. Ricardo Lume garante que “as mulheres em média ganham menos 14%, o que significa uma perda por ano de 51 dias de trabalho”. Na Região, recomenda(va), então, ao Governo “a elaboração de um relatório publico, identificação dos problemas e perspetivação de soluções e criação de um programa regional” para esse combate.
Pelo PSD, Cláudia Gomes referenciou dados de 2020, para atestar que a Madeira vem dando passos significativos, à custa de “um conjunto de instrumentos”, pelo que a recomendação seria redundante. “Em 2020 a diferença salarial na Região era de 12,47%, contra os 16,19% do todo do País, enquanto na Europa estava nos 13%”, conforme explanou, numa análise corroborada por Cristina Monteiro (CDS), indiciando que a maioria iria reprovar o diploma, o que viria a suceder.
Com leitura antagónica esteve o PS. Mafalda Gonçalves (PS) assegurou que “as diferenças salariais são evidentes nos ganhos base, mas também quando se tratam de prémios” em que, assegura, os homens são privilegiados. E Pedro Calaça juntou que “estudos projetam que a continuar neste ritmo, só em 2157 se atingirá a igualdade plena”. Também Élvio Sousa (JPP) não viu razão para o ‘chumbo’, dado que “tudo o que seja estratégia para conhecer melhor as desigualdades e identificação do problema, é bem-vindo”.