Grande parte do QCA vai para a internacionalização
A internacionalização da economia madeirense é uma prioridade. Esta é a opinião do presidente do Governo Regional, que acrescenta que este é o momento histórico para o fazer. “A ideia é de, no próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA), termos um conjunto substancial de verbas para apoiar a internacionalização das empresas”, disse Miguel Albuquerque, ontem, no fim da visita que efetuou à empresa INSC, Informática. Lino Nóbrega, da INSC, disse que precisa do apoio do Executivo madeirense para internacionalizar os seus serviços. E o valor que precisa é de meio milhão de euros.
Miguel Albuquerque, que tem falado na transição digital e na importância para a Região, disse que aquela é uma empresa exemplo. Cria produtos, faz a patente dos produtos e, depois, pode comercializá-los em todo o mundo. “Costumo dizer que a transição digital é a maior oportunidade para o futuro da Madeira”, afirmou o chefe do Executivo madeirense, que esteve acompanhado do secretário regional da Economia. Na oportunidade, Miguel Albuquerque avançou que parte das verbas do próximo QCA vai ser mesmo para a internacionalização das empresas madeirenses, sobretudo através das que podem ultrapassar a falta de escala de mercado e a periferia ou ultraperiferia física da Região. Isto porque, adiantou, “funciona em rede e digitalmente”.
Na visita à empresa que dá trabalho a 20 colaboradores e que existe há 30 anos, o presidente do Governo aproveitou, por outro lado, para referir que Portugal devia aproveitar as suas estratégias do mar e sobretudo do que tem através do PRR, para diversificar soluções na reparação naval e introduzindo as componentes nas ilhas.
Aliás, esta ideia vai ser transmitida ao ministro da Economia e do Mar que deverá visitar a Madeira logo depois das férias, provavelmente em setembro, conforme admitiu o presidente do Governo Regional. “A ideia de Albuquerque tem a ver com a reparação digital e eletrónica de navios. Temos condições, devido às empresas tecnológicas que existem, de nos especializarmos em áreas de reparação de navios ao nível da tecnologia”, assegurou o presidente do Governo Regional.