Moradia de quase meio milhão vendida com bitcoins
O negócio agora conhecido ocorreu no mês de março, valeu “um pouco abaixo de meio milhão de euros” e foi conduzido pelo consultor da KW Francisco Marques, coadjuvado por um gabinete jurídico e uma notária.
Segundo explicou o consultor, que está entre os três que mais vendem na KW na região da Madeira, foi o investidor polaco, que tem “bastantes criptomoedas”, que propôs a compra da casa na moeda digital.
Sem experiência sobre vendas em ‘criptos’, Francisco Marques aceitou o desafio, mas precisou de muitas consultas e apoio técnico para firmar o negócio.
A solução encontrada foi realizar uma permuta para que a casa pudesse mudar de mãos.
“Como o cliente vendedor e o cliente comprador eram pessoas jovens e de confiança, conseguimos que o vendedor abrisse uma conta na plataforma bitcoin. Então fez-se uma transferência do comprador para o vendedor em bitcoins, que depois foi convertida em euros”, explicou Francisco Marques.
Com o dinheiro em euros na sua conta bancária, o vendedor confirmou então a venda da moradia. “Fizemos uma permuta. Foi a moldura legal que encontrámos para trocarmos os bitcoins pela moradia”, disse o consultor, que sublinha terem sido cumpridos todos os trâmites legais, “como o pagamento do IMT e o Imposto de Selo”.
O investidor polaco “ficou bastante satisfeito” com o negócio, e, apesar de só agora estar a conhecer a Madeira, tem na calha “muitos negócios” na ilha, alguns já “apalavrados”.
Ao JM, Francisco Marques disse notar que os investidores sentem “confiança” em Portugal e na Madeira, “porque eles sabem que se venderem as suas bitcoins não vão pagar impostos de mais-valias como se estivessem a vender stocks”.
Por isso, acrescenta, “é um excelente lugar para investirem e para venderem as suas bitcoins”.
O consultor da KW elogia, por outro lado, o “papel fulcral” do presidente do Governo Regional