Jornal Madeira

Mais carros, mais velocidade, maior sinistrali­dade

Vialitoral registou este ano, até abril, 88 acidentes e três feridos graves. O índice de sinistrali­dade tem acompanhad­o o aumento do número de veículos em circulação.

- Por Patrícia Gaspar patricia. gaspar@ jm- madeira. pt

Com o aumento do número de veículos em circulação na via rápida, cresce também o índice de sinistrali­dade. De acordo com os indicadore­s registados este ano, ocorreram, até abril, na Vialitoral, 88 acidentes, 29 feridos ligeiros e três feridos graves.

Tal como avançou recentemen­te o JM, a média diária de circulação na via rápida ascendeu, no primeiro quadrimest­re do novo ano, aos 35.031 veículos, contra a média de 33.138 carros registada em 2021. Foi, todavia, em 2020 que se verificou o índice de sinistrali­dade mais elevado.

No ano da pandemia, a concession­ária responsáve­l pelo troço rodoviário entre a Ribeira Brava e Machico sul contabiliz­ou 298 acidentes para um Tráfego Médio Diário Anual ( TMDA) de 28.648 veículos.

Calculada a média na proporção com o tráfego, o ano da crise pandémica revela um nível de sinistrali­dade elevado, mas também uma tendência para conduzir a maiores velocidade­s.

“Foi possível verificar que, quando acabavam os confinamen­tos, as pessoas tinham tendência para andar mais depressa”, observa Jorge Pereira, diretor- geral da Vialitoral.

Em Portugal, diz a Guarda Nacional Republican­a (GNR), a ve

Velocidade é a principal causa de um terço de todos os acidentes mortais.

locidade é a principal causa de um terço de todos os acidentes mortais. “Numa viagem de 10 km aumentar a velocidade de 45 para 50 km/hora permite ganhar apenas 1 minuto e 20 segundos, uma reduzida diferença de velocidade pode fazer a diferença entre a vida e a morte”.

A tendência para conduzir mais rápido é nacional e tem levado a GNR e a Polícia de Segurança Pública (PSP) a lançarem sucessivas campanhas de sensibiliz­ação sob o lema ‘ Viajar sem pressa’.

Prova disso são os resultadas de uma das mais recentes campanhas de segurança rodoviária, promovidas pela responsabi­lidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), GNR e PSP, com ações de fiscalizaç­ão em Sintra, Trofa, Viana do Castelo, Santa Maria da Feira, Évora e na Madeira.

A operação detetou, entre 26 de abril a 2 de maio, 14.586 infrações por excesso de velocidade, envolvendo 2.004.836 veículos controlado­s por radar, sendo que 14.572 dessas infrações ocorreram em território continenta­l.

Num país em que mais de 50% das infrações são referentes a excesso de velocidade, vale pena refletir sobre o assunto.

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Ano da pandemia registou sinistrali­dade elevada e tendência para acelerar.

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