Cantigas de Maio em estreia na Feira do Livro do Funchal
Com o intuito de prestar homenagem aos nomes mais notáveis da música portuguesa e não deixar no esquecimento as mais marcantes canções de intervenção, a Câmara Municipal do Funchal, em parceria com o hotel The Vine, integrou na programação da 48.ª Feira do Livro um espetáculo do projeto Cantigas de Maio.
Esta que será a estreia na Região do projeto criado pelo músico Bernardo Moreira, e que viaja pelo trabalho de autores como Fausto Bordalo Dias, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Zeca Afonso, acontece no dia 6 de junho, às 20 horas, no palco principal da Feira do Livro do Funchal, que ficará instalado na Avenida Arriaga.
Para além de Bernardo Moreira, no contrabaixo, participam neste projeto o pianista Ricardo J. Dias, que integrou a Brigada Victor Jara, e o madeirense André Santos nos cordofones. A voz é de João Neves, que no último ano deslumbrou o público português com a sua participação no The Voice Portugal.
São músicos que, como destaca a apresentação do projeto, “representam duas gerações que se cruzam, trazendo per‘Cantigas de Maio’ junta os músicos Bernardo Moreira, Ricardo J. Dias, André Santos e João Neves.
cursos e vivências distintas, que permitem uma abordagem mais moderna para um legado que não pode, nem deve, ser esquecido”. Numa “fronteira ténue” entre o jazz e a música popular portuguesa, o projeto que culminou num trabalho discográfico composto por oito cançõe ções, lançado no último mês de abril, surge como “uma con consequência qu quase natural ral” do trabalho de mais de 30 anos de Bernardo M Moreira. Apesar de te ter começado o seu percu curso pelo ja jazz “mais o ortodoxo”, c como refer riu recente
Projeto criado por Bernardo Moreira em homenagem aos nomes que marcaram o panorama musical nacional após o 25 de Abril estreia-se na Madeira com um concerto a 6 de junho na Avenida Arriaga.
mente numa entrevista à agência Lusa, o crescimento musical deste contrabaixista acompanhou uma aproximação ao universo da música popular portuguesa, que está inegavelmente transparecida neste disco que aborda a musicalidade que sucede Abril.
“Há muitas canções que fica
ram coladas a uma fase de transição, que terão sempre uma carga política muito forte. A nossa ideia foi fugir um bocado disso e mostrar que canções com a força suficiente para se mostrarem eternas não têm que ser vinculadas a nada, existem tão só porque são fantásticas e têm essa força”, disse Bernardo Moreira.
Recorde-se que a Feira do Livro do Funchal vai decorrer entre os dias 3 e 12 do próximo mês, tendo como mote ‘Jovens e a Língua Portuguesa’, tema este que surgiu no âmbito do assinalar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado a 10 de junho.
O horário de funcionamento e atividades a decorrer na Avenida Arriaga será entre as 10 e as 21 horas, sendo que a programação está a ser divulgada por estes dias nas redes sociais da Feira do Livro do Funchal, primando por ser eclética, diversificada e com especial foco nos jovens