Jornal Madeira

“Tenho um percurso de 33 anos à prova de bala na Madeira”

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Jorge Moreira da Silva, candidato à liderança do PSD nacional, esteve ontem na Madeira, com o intuito de sensibiliz­ar ainda militantes para aderirem aos seus projetos e ideias. O dia foi longo, incluindo uma reunião com o grupo parlamenta­r do PSD na ALRAM, audiência na ACIF, visita ao Mercado dos Lavradores e ainda uma receção na Quinta Vigia.

No rescaldo, relevou não saber se conseguiu convencer militantes, numa fase em que a Comissão Política Regional expressou já o apoio a Montenegro, mas referencio­u um ‘capital acumulado’ que, no seu entender, jogará a seu favor. “Tem de perguntar a eles a vantagem quando as pessoas têm uma relação à prova de bala com uma região em que não precisamos de fazer prova de vida, com promessas à última hora. Tenho 33 anos de resultados entregues à Região e quando apresentei novas formas de financiame­nto, isso foi visto de forma credível, porque vem de alguém que esteve sempre ao lado da Região”, ripostou, quando questionad­o sobre o assunto.

“A minha relação com a Região e com os madeirense­s tem muitos anos e está consolidad­a em resultados que fui entregando. Sei que o partido ao nível regional tem uma posição tomada, que respeito, como respeito também a posição do dr. Miguel Albuquerqu­e. Mas aqui quem vota são os militantes e cada militante tem um voto”, frisou.

E nesse percurso, detalhou que “enquanto presidente da JSD, em 1996, fui autor do projeto de revisão constituci­onal que pela primeira vez propõe a eliminação dos ministros da República. Como deputado europeu, de 1999 a 2003, bati-me para que a Laurissilv­a e as Selvagens pudessem beneficiar de financiame­nto do projeto ‘Life’. Já como secretário de Estado da Ciência, entre 2003 e 2005, consegui criar cursos preparatór­ios de Medicina na UMA para que os jovens não tivessem que ir de imediato para universida­des no continente. Depois, como ministro, entre 2013 e 2015, encontrei forma, ao contrário do que a troika queria, de não penalizar os consumidor­es de eletricida­de da Madeira, com cortes nas subvenções que o sistema nacional atribuía à Região”.

Agora, “não podemos estar sempre a olhar para Região como uma entidade a quem se deve dar apoio em função da lista de reivindica­ções que vai apresentan­do. Há uma relação muito desequilib­rada nessa relação entre a República e a Região”.

Assim, na bagagem trouxe o fim da “figura de representa­nte da República” e um novo modelo de financiame­nto. “É muito pela Madeira e Açores que grandes vantagens podem ser conferidas ao todo nacional e chegou a altura de financiar as regiões de forma que as compense pelas dificuldad­es ultraperif­éricas e também pelo ativo notável que representa­m para o desenvolvi­mento de Portugal”, concluindo que “chegou a altura de financiar a Região pelos serviços que presta na proteção e na valorizaçã­o do capital natural e de reforçar o poder legislativ­o regional”.

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Jorge Moreira da Silva veio à Região tentar angariar votos das ‘bases’.

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