JPP chama bastonário da Ordem dos Médicos
Élvio Sousa quer ouvir Miguel Guimarães sobre vários aspetos problemáticos do setor da Saúde na Região.
Dá entrada hoje, na Assembleia Legislativa da Madeira, um pedido formal de audição parlamentar com o bastonário da Ordem dos Médicos. O documento leva o símbolo do partido Juntos Pelo Povo, que considera “incontornável refletir sobre a situação da Saúde na Região”.
Para essa reflexão, o JPP valoriza a opinião de Miguel Guimarães. O bastonário da Ordem dos Médicos não é um agente particular ou diretamente envolvido com as questões da Saúde na Região, mas é o mais alto dirigente nacional da Ordem que “está incumbida pelo Estado no sentido de zelar pela segurança e qualidade, ética e técnica da medicina praticada em Portugal”. Além disso, cabe também à Ordem “proteger os cidadãos e defender a dignidade dos utentes”, considera o Juntos Pelo Povo nas razões invocadas para trazer o bastonário ao Parlamento regional.
Essa razão é considerada suficiente para ouvir em audiência o bastonário, mas há outros elementos que concorrem para a iniciativa do JPP. O argumentário apresentado por Élvio Sousa recorda ainda que Miguel Guimarães tem um “papel de vigilante do estado da Saúde no País” e que a última visita do bastonário à Região tem já mais de quatro anos. Sousa recorda ainda que o médico em causa tem “uma atitude crítica e propositiva sobre aspetos dos Serviços de Saúde Regionais que mereciam melhorias”.
O Juntos Pelo Povo recorda que passaram três anos deste Governo e que persistem vários problemas num setor fundamental. A começar por uma das bandeiras que o partido tem assumido na Região: o combate às listas de espera. Insiste Élvio Sousa
que há cerca de 118 mil atos clínicos em listas de espera, de acordo com dados do final de 2021. “Milhares de utentes aguardam uma consulta de especialidade, uma cirurgia ou até a realização de um exame sem qualquer resposta e sem qualquer informação sobre a situação”.
A opção por uma audição parlamentar para ouvir o bastonário tem também uma explicação política. É que essa figura regimental “permite a oportunidade de garantir o uso da palavra a todos os grupos parlamentares e deputados únicos na discussão de um dos temas mais prementes da realidade regional”.