Pressão hospitalar decidirá recuo ou não
Se houver um surto exponencial de infetados, como está a acontecer em território continental, a RAM poderá recuar nas medidas restritivas.
Foi durante a visita a uma unidade de Alojamento Local que Albuquerque mostrou alguma apreensão com os números de novas infeções que estão a acontecer no continente e que estão a fazer com que a Região admita poder recuar nas medidas.
“Eu não quero reverter as medidas, mas acho que é aconselhável continuarem com o distanciamento e, quem quiser continuar a usar máscara, que a use, pois não faz mal nenhum”, afirmou, ontem, o presidente do Governo Regional.
Miguel Albuquerque, que reagia aos jornalistas, à margem de uma visita a um projeto de turismo rural no Arco da Calheta, referiu que aguarda a evolução epidemiológica nas próximas semanas na Madeira. E só recuará se houver pressão ao nível do hospital, com o aumento de internamentos. “Não temos dados suficientes. Face ao número de infetados que temos visto no continente, é possível que o número de infetados na Região também aumente. Vamos ver a evolução da situação e se esse aumento corresponde ao que é as nossas expectativas: que é manter a capacidade de resposta do hospital”, adiantou, referindo que tudo está em aberto.
Um pouco preocupado com aquilo que se está a passar no continente, o chefe do Executivo madeirense admitiu, inclusive, que em alguns hotéis da Madeira, os funcionários estão a usar a máscara. Sobre o verão que se aproxima, referiu a grande afluência de turistas. Espera um verão melhor do que no ano passado e diz que 2021 já foi muito bom. Destacou que o mercado nacional está a ter um grande aumento.
Já sobre a unidade ontem visitada, que se integra ao nível do Alojamento Local, o chefe do Executivo madeirense sublinhou que a Madeira tem capacidade de crescer no setor. “Isto significa que estamos a trabalhar bem com os agentes económicos, com os agentes de turismo”, afirmou. Lembrou que o número de lugares para a Madeira aumentou em 355 mil por ano com a entrada da Ryanair.
Por isso, “temos oportunidade de crescer e estas habitações, para além de permitirem a reabilitação urbanística, constituem uma oferta do que é a tradição madeirense. Uma oferta multifacetada”.
O empreendimento, segundo disse, é uma oferta de qualidade. Liliana Nóbrega, do empreendimento, referiu que o investimento destina-se a quem gosta da envolvência da serra.