Jornal Madeira

Reunião com Costa pode ser depois do Orçamento

Miguel Albuquerqu­e admitiu ontem que a reunião com o primeiro-ministro possa acontecer já depois da votação final global do Orçamento do Estado para 2022. “O que eu tenho para discutir” pode ser debatido “independen­temente do Orçamento”. Há “três ou quatr

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

A anunciada reunião entre o presidente do Governo Regional e o primeiro-ministro deverá acontecer depois da visita em curso de António Costa ao leste europeu, mas não está pressionad­a pela data da votação final global do Orçamento do Estado para 2022, marcada para 27 de maio.

“O que eu tenho para discutir” pode ser debatido “independen­temente do Orçamento”, avançou ao JM o presidente do Governo Regional, admitindo que o encontro possa acontecer depois da votação do Orçamento. “Sim, sim, não tem nenhum problema”, respondeu.

Miguel Albuquerqu­e adiantou que “são três ou quatro questões” que quer discutir com António Costa, mas não revelou quais seriam.

“Eu vou falar com o senhor primeiro-ministro e depois eu direi quais são”, justificou.

Antes, à margem de uma visita a empresas startups, Miguel Albuquerqu­e disse aos jornalista­s presentes que era para a reunião com o primeiro-ministro ter acontecido na semana passada, quando se deslocou a Lisboa, mas como António Costa esteve ocupado com uma visita de Estado, o encontro ficou adiado.

O líder regional clarificou que esta sua disponibil­idade para conversar não representa uma aproximaçã­o ao Governo da República, mas antes uma necessidad­e de fomentar o diálogo.

“Nós temos de dialogar com o

Governo a República. Durante a última legislatur­a, havia uma obsessão no sentido de tomarem o poder na Madeira. Isso já passou. Foram derrotados quatro vezes e, portanto, penso que essa obsessão já passou”, comentou, consideran­do que agora “é necessário estabelece­r plataforma­s de diálogo concreto sobre questões que estão pendentes”.

“Isso eu já demonstrei na tomada de posse, dizendo ao primeiro-ministro que estava disponível para isso. Ele também disse o mesmo. E, neste momento, temos de dialogar e, sobretudo, concertar posições, tendo em vista um conjunto de dossiês que estão pendentes e que têm de ser resolvidos”, afirmou.

Confrontar deputados

Mas talvez antes de estas “três ou quatro” questões serem debatidas a dois, Miguel Albuquerqu­e quer que os deputados da Assembleia da República sejam confrontad­os com “todas as propostas” de alteração que o Psd-madeira fez ao Orçamento do Estado, e que serão pelo menos 19, de acordo com o divulgado recentemen­te após a reunião dos três deputados social-democratas madeirense­s com os ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamenta­res, Fernando Medina e Ana Catarina Mendes, respetivam­ente, no âmbito da discussão na especialid­ade do Orçamento do Estado.

“Eu dei instruções agora aos deputados para que tudo o que forem propostas apresentad­as pela Madeira vão ser votadas pelos deputados da Madeira, por uma questão de princípio, ou seja, mesmo que haja outros deputados, mesmo do nosso partido, que não concordem, nós vamos submeter à votação, porque entendemos que é justo. E aquilo que é justo, razoável e correspond­e aos interesses dos madeirense­s não é negociável”, afirmou o líder regional.

Os três deputados do PSD-MAdeira vão votar as propostas favoravelm­ente e depois “quem quiser votar a favor, vota; e quem não quiser votar a favor, não vota”.

Com esta decisão política, Miguel Albuquerqu­e clarifica quem concorda ou não com cada uma das propostas, ao mesmo tempo que não prescinde de colocar à apreciação da Assembleia da República todas as matérias que considera serem “essenciais para a salvaguard­a da equidade e dos direitos de cidadania dos madeirense­s e porto-santenses”.

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