Albuquerque diz que Dantas “não teve culpa”
Miguel Albuquerque saiu ontem em defesa da deputada Patrícia Dantas, que vai responder no megaprocesso Aiminho (Associação Industrial do Minho) pelo crime de fraude.
Patrícia Dantas é arguida neste processo que tem 120 acusados e envolve uma fraude de quase 10 milhões de euros.
Um dia depois da Comissão de Transparência ter aprovado o levantamento da imunidade parlamentar da deputada a fim de ser julgada, o presidente do Psd-madeira e chefe do Governo Regional saiu em defesa da inocência da militante social-democrata.
Miguel Albuquerque relevou que a deputada pediu o levantamento da imunidade parlamentar, uma decisão que foi conhecida depois de se saber que o Tribunal Judicial da Comarca de Braga ia solicitar o mesmo à Assembleia da República, e garantiu que Patrícia Dantas “continua” nas funções. “Ela vai agora a tribunal e depois volta, não vai haver problema nenhum”, disse.
“Ela não tem qualquer dolo neste processo, ou seja, é uma situação em que ela foi apanhada sem ter culpa nenhuma – toda a gente já percebeu”, considerou ainda Albuquerque.
Portanto, concluiu, Patrícia Dantas “não tem medo – e bem – de se submeter à Justiça [para] o processo dela ser apreciado”.
“O que não se pode é viver com esta suspeição permanente”, rematou.
Recorde-se que o início do megaprocesso por fraude de quase 10 milhões de euros com epicentro na extinta Associação Industrial do Minho tinha sido adiado no início da semana, porque Patrícia Dantas foi eleita deputada ao parlamento nacional e não podia ser julgada sem antes haver o levantamento da imunidade parlamentar. Com esse impedimento resolvido, o processo judicial deverá seguir agora o seu rumo normal.