“Temos de aproveitar o ecossistema de TI criado”
"Nós soubemos aproveitar essa aceleração [da transição digital em curso] bem."
O presidente do Governo Regional visitou ontem a 5.ª edição do Madeira Startup Retreat, um programa de aceleração internacional de empresas tecnológicas, que é desenvolvido pela Startup Madeira e pelo Turismo de Portugal, em parceria com a NOVA SBE.
A edição deste ano reúne onze startups, sedeadas em dez países, que atuam na área do turismo e lazer, num total de 31 empreendedores digitais de 15 nacionalidades.
Para Miguel Albuquerque, este é mais um passo “na internacionalização e na difusão da Madeira junto das empresas tecnológicas e dos novos empreendedores”, mas também é uma “oportunidade para juntar os jovens empreendedores e encontrar novos produtos e soluções”.
O presidente do Governo Regional destacou o intercâmbio que iniciativas como esta proporcionam não só para os jovens, mas também para as empresas regionais.
Programas como estes são para continuar e até para reforçar, prometeu o governante, adiantando que em princípio já no próximo mês será apresentado o novo edifício que vai acolher a Startup Madeira e a ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação.
Esse edifício, localizado no Madeira Tecnopolo, “vai permitir ter zonas de investigação com melhor funcionalidade, mais amplas, e permitir também que na zona da Universidade da Madeira fique concentrada toda a área de investigação”, abrindo portas para novos investigadores e empreendedores.
Num mercado altamente competitivo como é o das novas tecnologias, a Madeira tem vantagens e desvantagens quando comparada com regiões concorrentes.
“A grande vantagem é o ecossistema que está criado para as novas tecnologias, e que temos de aproveitar”, considerou Albuquerque.
“Nós soubemos aproveitar essa aceleração [da transição digital em curso] bem, sobretudo, devido à sediação na Madeira dos chamados nómadas digitais e também pela circunstância de termos começado com a Startup Madeira há bastantes anos”, disse, atribuindo, neste caso, os créditos “à visão do anterior Governo”.
Quanto às desvantagens da Madeira, o chefe do Executivo indicou a falta de escala em determinadas áreas empresariais, que impede que alguns técnicos especialistas sejam pagos “como nos EUA ou nos países da Europa Central”. “Em contrapartida, temos a qualidade de vida, algo que é também muito atrativo para este tipo de pessoas”, referiu.