‘Tempestade brutal’ aproxima-se
João Ferreira, diretor adjunto de informação da SIC, considerou, ontem, que vem aí um 'temporal' a todos os níveis. Considerando que os ventos são de tempestade brutal e que a crise é séria, o jornalista deu o pontapé de saída para o debate que juntou ainda, via zoom, João Duque, professor catedrático, e, presencialmente, Vera Barros e Maximiano Martins, ambos economistas.
No debate moderado pelo jornalista Paulo Santos, João Duque referiu que os indicadores do primeiro trimestre foram bons, principalmente para o turismo. Mas adiantou que o maior perigo para a economia portuguesa é o prolongamento da guerra, que trará várias consequências. O efeito maior far-se-á no 4.º trimestre. Sem otimismo, partilha muita das preocupações de José Gomes Ferreira. Perspetiva um problema social grave devido à falta de mão de obra ativa e quando os que existirem vão dizer que se recusam a pagar ainda mais impostos. Vera Barros diz que é preciso mudar muito. Já Maximiano Martins aproveitou a oportunidade para tecer críticas ao modelo político vigente. Considerou que a política que está a ser feita tende a ser uma gestão a curto prazo quando deveria olhar a longo prazo. Falou também na questão do ferry Madeira-continente e no subsídio de mobilidade. Duas questões que continuam sem solução à vista.