Jornal Madeira

UMA e tutela estudam soluções para falta de professore­s

É “uma área urgente de intervençã­o”. A UMA e a SRE estão a estudar soluções para a falta de docentes.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

Este processo, pela sua complexida­de, tem as fases de diagnóstic­o, análise, negociação e implementa­ção das soluções acordadas entre as partes. reitor da UMA

A falta de professore­s que se nota no país, e que também afeta já algumas áreas disciplina­res dos ensinos básico e secundário na Madeira, é “uma área urgente de intervençã­o”. A classifica­ção é do reitor da Universida­de da Madeira que, em resposta ao nosso Jornal, salientou que essa atuação “exige uma colaboraçã­o muito estreita com a Secretaria Regional da Educação”.

Com efeito, a UMA e a SRE estão a trabalhar em conjunto para o estudo das soluções mais adequadas. “A Universida­de mantém todo o interesse em contribuir para a formação de professore­s que o nosso sistema necessita ou prevê vir a necessitar. Recordo que a UMA já oferece formação para o ensino nas áreas de Educação Básica, Educação Física, e Matemática”.

Questionad­o sobre quando poderá ficar concluído o retrato da real situação na Madeira, em termos da carência de docentes, Sílvio Fernandes respondeu que “este processo, pela sua complexida­de, tem as suas fases de diagnóstic­o, análise, negociação e implementa­ção das soluções acordadas entre as partes. Espero que possamos avançar o mais rapidament­e possível”.

Recorde-se que, no discurso que proferiu no Dia da Universida­de (a 6 de maio último), o reitor da UMA proferiu que “quer com a atual legislação, quer eventualme­nte com nova legislação, poderemos começar a preparar as condições para que haja candidatos suficiente­s para suprir as carências do sistema. Numa segunda fase, a Universida­de da Madeira, individual­mente ou em parceria, providenci­ará nas áreas pertinente­s e contratual­izadas, os respetivos mestrados em ensino

Ao JM, o responsáve­l pela academia madeirense lembrou que a formação de professore­s está também sujeita à acreditaçã­o e avaliação pela Agência de Avaliação e Acreditaçã­o do Ensino Superior (A3ES). “Cada novo curso de mestrado, nessa área, é sujeito a um processo de candidatur­a que deve ser apresentad­o um ano antes do início de funcioname­nto do mestrado.

Em todo o caso, será também necessário que se celebre um contrato-programa com o Governo Regional para apoio a este projeto, uma

Sílvio Fernandes,

vez que parte da formação terá de ser garantida por docentes de outras instituiçõ­es”.

Quanto à autonomia da UMA para abrir cursos, o estabeleci­mento de ensino superior madeirense possui efetivamen­te essa capacidade, mas os cursos têm previament­e de ser acreditado­s pela A3ES, como apontou ainda Sílvio Fernandes.

Por outro lado, a UMA continua a trabalhar no sentido de encontrar uma solução integrada no Complexo da Penteada” para a construção de uma nova infraestru­tura, autónoma, para o ensino politécnic­o, mantendo reuniões com o Governo Regional com esse propósito. “A proposta apresentad­a no âmbito da candidatur­a ao PRR incluía, como foi anunciado, a construção de um novo Edifício na Quinta de São Roque. Dado que apenas foi aprovada uma verba de cerca de 1.1M€, para esse efeito, a UMA tem mantido reuniões com o Governo Regional, no sentido de que se estude, no Complexo Científico e Pedagógico da Penteada, uma hipótese de adaptação que satisfaça os critérios impostos pela A3ES. Ainda estamos numa fase de estudo de soluções”, adiantou Sílvio Fernandes, que não soube precisar qual o orçamento necessário para a construção do novo espaço. “Tudo dependerá da solução concreta a adotar”.

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O reitor disse que a UMA tem todo o interesse em contribuir para a formação de professore­s

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