UMA e tutela estudam soluções para falta de professores
É “uma área urgente de intervenção”. A UMA e a SRE estão a estudar soluções para a falta de docentes.
Este processo, pela sua complexidade, tem as fases de diagnóstico, análise, negociação e implementação das soluções acordadas entre as partes. reitor da UMA
A falta de professores que se nota no país, e que também afeta já algumas áreas disciplinares dos ensinos básico e secundário na Madeira, é “uma área urgente de intervenção”. A classificação é do reitor da Universidade da Madeira que, em resposta ao nosso Jornal, salientou que essa atuação “exige uma colaboração muito estreita com a Secretaria Regional da Educação”.
Com efeito, a UMA e a SRE estão a trabalhar em conjunto para o estudo das soluções mais adequadas. “A Universidade mantém todo o interesse em contribuir para a formação de professores que o nosso sistema necessita ou prevê vir a necessitar. Recordo que a UMA já oferece formação para o ensino nas áreas de Educação Básica, Educação Física, e Matemática”.
Questionado sobre quando poderá ficar concluído o retrato da real situação na Madeira, em termos da carência de docentes, Sílvio Fernandes respondeu que “este processo, pela sua complexidade, tem as suas fases de diagnóstico, análise, negociação e implementação das soluções acordadas entre as partes. Espero que possamos avançar o mais rapidamente possível”.
Recorde-se que, no discurso que proferiu no Dia da Universidade (a 6 de maio último), o reitor da UMA proferiu que “quer com a atual legislação, quer eventualmente com nova legislação, poderemos começar a preparar as condições para que haja candidatos suficientes para suprir as carências do sistema. Numa segunda fase, a Universidade da Madeira, individualmente ou em parceria, providenciará nas áreas pertinentes e contratualizadas, os respetivos mestrados em ensino
Ao JM, o responsável pela academia madeirense lembrou que a formação de professores está também sujeita à acreditação e avaliação pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). “Cada novo curso de mestrado, nessa área, é sujeito a um processo de candidatura que deve ser apresentado um ano antes do início de funcionamento do mestrado.
Em todo o caso, será também necessário que se celebre um contrato-programa com o Governo Regional para apoio a este projeto, uma
Sílvio Fernandes,
vez que parte da formação terá de ser garantida por docentes de outras instituições”.
Quanto à autonomia da UMA para abrir cursos, o estabelecimento de ensino superior madeirense possui efetivamente essa capacidade, mas os cursos têm previamente de ser acreditados pela A3ES, como apontou ainda Sílvio Fernandes.
Por outro lado, a UMA continua a trabalhar no sentido de encontrar uma solução integrada no Complexo da Penteada” para a construção de uma nova infraestrutura, autónoma, para o ensino politécnico, mantendo reuniões com o Governo Regional com esse propósito. “A proposta apresentada no âmbito da candidatura ao PRR incluía, como foi anunciado, a construção de um novo Edifício na Quinta de São Roque. Dado que apenas foi aprovada uma verba de cerca de 1.1M€, para esse efeito, a UMA tem mantido reuniões com o Governo Regional, no sentido de que se estude, no Complexo Científico e Pedagógico da Penteada, uma hipótese de adaptação que satisfaça os critérios impostos pela A3ES. Ainda estamos numa fase de estudo de soluções”, adiantou Sílvio Fernandes, que não soube precisar qual o orçamento necessário para a construção do novo espaço. “Tudo dependerá da solução concreta a adotar”.