“Não é possível pensar a Educação sem pensar a docência”
As VI Jornadas do SIPE foram subordinadas ao tema “Os desafios dos novos paradigmas da Educação’.
“A educação vive em permanente desafio” e “não é possível pensar a Educação sem pensar a docência”. Estas foram palavras proferidas pelo secretário regional da tutela, na sessão de abertura das VI Jornadas organizadas pelo SIPE - Sindicato Independente de Professores e Educadores, sob o tema ‘Os desafios dos novos paradigmas da Educação’, que se realizaram no último domingo.
Jorge Carvalho enalteceu, por isso, o contributo que os docentes reunidos nestas jornadas e os especialistas convidados, podem dar na reflexão de temas pertinentes para o setor, afirmando que os temas abordados traduzem “uma visão arrojada da intervenção sindical na área da educação”. Considerou também que será possível encontrar nas sínteses técnicas, científicas e pedagógicas ali recolhidas “a clarividência que ilumina a intervenção dos seus profissionais, com vista à capacitação das sucessivas gerações, com a semente do conhecimento e competências adquiridas no ambiente educativo” num ambiente que nunca terá sido apenas o do limite físico da escola, mas direta ou indiretamente com o papel imprescindível dos professores”.
Na sua ótica, “não é possível pensar a Educação sem pensar a docência, entendida como um processo de desempenho profissional que disponibiliza às sucessivas gerações ferramentas essenciais para construírem o seu futuro e, nessa medida, assegurarem a todos o bem comum”.
Por outro lado, Jorge Carvalho traçou um retrato de estabilidade em que vive a classe docente na Madeira, com 94% dos docentes a estarem nos quadros, lembrou o processo de transição digital em curso nas escolas, elogiando o empenho dos docentes no sucesso do processo, concluindo que a Educação, sendo um processo dinâmico, “vive em permanente desafio”.
Na apresentação das jornadas, Júlia Azevedo, presidente do SIPE, considerou, que “para construir um futuro de sucesso no campo educativo é necessário antecipar desafios e oportunidades, pensar nos novos paradigmas, fixar prioridades, garantir a sustentabilidade e a qualidade do ensino, fixar metas socialmente compartilhadas e obter o compromisso de todos os atores para que as possamos alcançar”. Alertou que “as exigências dirigidas à administração escolar, às escolas e aos docentes são hoje muito superiores e consideravelmente mais confusas e contraditórias do que eram no passado, daí a necessidade de agirmos em conjunto no planeamento do futuro da educação», alerta a presidente do SIPE.
No encontro, foram debatidos temas como “o desgaste profissional e a sobrecarga de trabalho, e também questões relacionadas com a formação contínua”.
No painel de oradores, e entre outros, destaque para João Casanova de Almeida, antigo secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, que abordou ‘O papel das lideranças no século XXI’, Emília Brederode, presidente do Conselho Nacional de Educação, que versou sobre ‘Os novos paradigmas da educação a partir do Estado da Educação’ e, Rui Trindade, presidente do Conselho Científico-pedagógico da Formação Contínua, sobre ‘Formação contínua de professores: Potencialidades e desafios’.
Elsa Fernandes, vice-reitora da Universidade da Madeira, explorou o tema “Educação STEAM – O que muda na escola?’ e Isabel Rocha, vogal da Direção Regional da Madeira da Ordem dos Psicólogos Portugueses, lançou a debate o tema ‘Da motivação para o ensino à saúde psicológica do professor – Desafios em tempos de incerteza’.