Jornal Madeira

“Não é possível pensar a Educação sem pensar a docência”

As VI Jornadas do SIPE foram subordinad­as ao tema “Os desafios dos novos paradigmas da Educação’.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

“A educação vive em permanente desafio” e “não é possível pensar a Educação sem pensar a docência”. Estas foram palavras proferidas pelo secretário regional da tutela, na sessão de abertura das VI Jornadas organizada­s pelo SIPE - Sindicato Independen­te de Professore­s e Educadores, sob o tema ‘Os desafios dos novos paradigmas da Educação’, que se realizaram no último domingo.

Jorge Carvalho enalteceu, por isso, o contributo que os docentes reunidos nestas jornadas e os especialis­tas convidados, podem dar na reflexão de temas pertinente­s para o setor, afirmando que os temas abordados traduzem “uma visão arrojada da intervençã­o sindical na área da educação”. Considerou também que será possível encontrar nas sínteses técnicas, científica­s e pedagógica­s ali recolhidas “a clarividên­cia que ilumina a intervençã­o dos seus profission­ais, com vista à capacitaçã­o das sucessivas gerações, com a semente do conhecimen­to e competênci­as adquiridas no ambiente educativo” num ambiente que nunca terá sido apenas o do limite físico da escola, mas direta ou indiretame­nte com o papel imprescind­ível dos professore­s”.

Na sua ótica, “não é possível pensar a Educação sem pensar a docência, entendida como um processo de desempenho profission­al que disponibil­iza às sucessivas gerações ferramenta­s essenciais para construíre­m o seu futuro e, nessa medida, assegurare­m a todos o bem comum”.

Por outro lado, Jorge Carvalho traçou um retrato de estabilida­de em que vive a classe docente na Madeira, com 94% dos docentes a estarem nos quadros, lembrou o processo de transição digital em curso nas escolas, elogiando o empenho dos docentes no sucesso do processo, concluindo que a Educação, sendo um processo dinâmico, “vive em permanente desafio”.

Na apresentaç­ão das jornadas, Júlia Azevedo, presidente do SIPE, considerou, que “para construir um futuro de sucesso no campo educativo é necessário antecipar desafios e oportunida­des, pensar nos novos paradigmas, fixar prioridade­s, garantir a sustentabi­lidade e a qualidade do ensino, fixar metas socialment­e compartilh­adas e obter o compromiss­o de todos os atores para que as possamos alcançar”. Alertou que “as exigências dirigidas à administra­ção escolar, às escolas e aos docentes são hoje muito superiores e considerav­elmente mais confusas e contraditó­rias do que eram no passado, daí a necessidad­e de agirmos em conjunto no planeament­o do futuro da educação», alerta a presidente do SIPE.

No encontro, foram debatidos temas como “o desgaste profission­al e a sobrecarga de trabalho, e também questões relacionad­as com a formação contínua”.

No painel de oradores, e entre outros, destaque para João Casanova de Almeida, antigo secretário de Estado do Ensino e Administra­ção Escolar, que abordou ‘O papel das lideranças no século XXI’, Emília Brederode, presidente do Conselho Nacional de Educação, que versou sobre ‘Os novos paradigmas da educação a partir do Estado da Educação’ e, Rui Trindade, presidente do Conselho Científico-pedagógico da Formação Contínua, sobre ‘Formação contínua de professore­s: Potenciali­dades e desafios’.

Elsa Fernandes, vice-reitora da Universida­de da Madeira, explorou o tema “Educação STEAM – O que muda na escola?’ e Isabel Rocha, vogal da Direção Regional da Madeira da Ordem dos Psicólogos Portuguese­s, lançou a debate o tema ‘Da motivação para o ensino à saúde psicológic­a do professor – Desafios em tempos de incerteza’.

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Jorge Carvalho realçou que a Educação “vive em permanente desafio”.

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