Governo estuda utilizador pagador
A Região analisa a forte hipótese de cobrar entradas, conforme está já programado para a Ponta de São Lourenço (PR8). Funcionário do IFCN no local para monitorizar número de frequentadores de um dos trilhos mais procurados na Madeira.
O Governo Regional (GR) está a submeter a um estudo as entradas e cargas no Percurso Pedestre Recomendando (PR6), Levada das 25 Fontes, trabalho esse feito por um funcionário do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) e que visa aferir a quantidade de visitantes num dos mais procurados trilhos da Madeira.
Tal como avançou o JM em primeira mão na sua edição impressa de 4 de maio, a Região analisa a forte hipótese de cobrar entradas em veredas e levadas, tendo Miguel Albuquerque admitido, nessa altura, que, no futuro, a Madeira deve avançar para o pagamento no acesso a alguns espaços amplamente visitados turisticamente cujo acesso agora é gratuito.
Este estudo está no terreno desde segunda-feira e vem para avaliar a exequibilidade de uma entrada paga para as pessoas, na sua maioria turistas, que realizem a caminhada no caminho escarpado no planalto do concelho da Calheta para chegar às 25 cascatas de água. O principal objetivo do Governo é garantir uma verba para ajudar nas despesas de manutenção da respetiva levada, garantindo todas as condições de segurança para os utilizadores pagadores. Este modelo de pagamento já acontece em vários locais de procura turística na RAM, como seja no Posto Aquícola do Ribeiro Frio (trutas), também muito procurado por turistas.
IFCN controla entradas
A reportagem do JM acompanhou, ontem, a romaria que se viveu em direção àquele local, onde um funcionário do IFCN ia controlando, através de um dispositivo contador manual, a entrada das pessoas a partir da Ribeira Funda, na Levada das 25 Fontes. A partir daqui não é possível sair ou entrar no percurso sem ser por aquele local.
Manuel Filipe, presidente do IFCN, garantiu ao JM que “está a ser feita uma avaliação da carga e procura” na Levada das 25 Fontes, no Rabaçal, na Calheta. O que acontece é que este PR é dos mais procurados e, tal como revelou há tempos Susana Prada, secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, que tem o pelouro das Florestas, o Governo Regional está a equacionar o pagamento de um valor simbólico para contribuir ou ajudar nas despesas de requalificação, obras, manutenção e segurança dos PR.
Como já se disse e está praticamente decidido, pelo menos o PR8 - Ponta de São Lourenço – vai ser pago já no próximo ano para quem quiser aceder a esta via.