É possível fazer “mais e melhor”
Embora reconheça o trabalho desenvolvido pelas entidades regionais, Manuel Tomé não deixa de frisar que a Direção Regional de Agricultura e a Associação de Agricultores podiam fazer “um pouco mais e melhor”, não só em matéria de incentivos, para que esta cultura não caia no abandono, mas também ao nível dos contactos e da formação, em especial sobre como tratar as pragas que afligem os cerejais.
Ademais, o produtor, amplamente conhecido por estar ‘alojado no Largo do Phelps, mas que recentemente se mudou para a Avenida do Zarco, acredita que a Câmara Municipal do Funchal deveria ter em conta que comerciantes das bancas de fruta têm efetivamente terrenos e produção própria, salvaguardando-os de alguma forma nos sorteios dos locais de venda.
“Não acho muito correto alguém que é produtor e não consegue um canto. As pessoas vão começar a desistir mais rápido. Se tiver alguma garantia que me toca um lugar aqui ou acolá, vale a pena trabalhar e produzir, mas se não tenho nenhuma garantia de escoamento, sou obrigado a abandonar quer queira ou não”, lamentou.