Russos criam a sua própria cadeia de ‘Mc Donald´s’
O famoso M dos arcos dourados é agora um B. São lojas muito semelhantes à multinacional norteamericana… só que tudo o que é vendido é (obviamente) russo. Pão russo. Carne russa. Picles russos.
O primeiro ‘Mc Donald's russo’ abriu ontem portas em Moscovo sob o slogan ‘o nome muda, o amor permanece’, sucedendo à rede de `fastfood´ norte-americana, que deixou o país devido à invasão russa na Ucrânia. Segundo adianta a agência AFP, ‘Vkousno i totchka’ [Delicioso. Ponto] é o novo letreiro que surge diante do ‘Mc Donald´s russo’ em Moscovo, onde compareceram uma centena de jornalistas russos e estrangeiros. O novo logotipo representa duas batatas fritas laranja estilizadas e um ponto vermelho num fundo verde.
"Vamos tentar fazer tudo para que os nossos clientes não notem qualquer diferença, nem a nível de ambiente, nem de sabor, nem de qualidade", assegurou o diretor-geral da cadeia russa de fastfood, Oleg Paroïev. "Não vai ser pior, com certeza. Vamos tentar melhorar" face ao que era antes, acrescentou, por seu lado, o novo proprietário, empresário Alexandre Govor. "Esperamos que o número de clientes não diminua e, pelo contrário, aumente. Especialmente porque agora é uma empresa 100% russa", frisou.
Hoje, outros 50 restaurantes da nova cadeia devem abrir, revelou Paroev, com a rede a pretender rea
LOJAS brir entre 50 e 100 restaurantes por semana em toda a Rússia. Esta foi a forma que os russos conseguiram para contornarem o encerramento, para já, temporário das mais de 800 lojas da cadeia norte-americana.
Só Alexandre Govor, empresário que opera 25 restaurantes do grupo norte-americano na Sibéria desde 2015, comprou as atividades do Mcdonald's em maio. E concordou em manter os 51 mil funcionários diretos - 11 mil outros funcionários de restaurantes satélites - durante pelo menos dois anos, em condições equivalentes às anteriores.
Os preços "aumentaram ligeiramente" devido à inflação que atingiu fortemente a Rússia desde que as novas sanções ocidentais foram impostas em fevereiro e março, após a ofensiva russa na Ucrânia, mas continuam "razoáveis", consoante foi ainda explicado.
50 Hoje abrem 50 lojas mas a intenção é chegar às mil em 5 anos.