Jornal Madeira

Artistas mostram desfecho da cenoura

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No primeiro andar do Teatro Baltazar Dias, o Coletivo Melro expôs ontem o resultado do processo criativo “O que aconteceu à cenoura?”. Inspirado nas confabulaç­ões do escritor inglês John Berger, os elementos do coletivo procuraram responder, cada um à sua maneira, à pergunta, gerando cinco representa­ções artísticas tão intrigante­s quanto cativadora­s. Numa “a cenoura come o coelho", noutra “a cenoura transforma­se no coelho”, noutra “talvez o coelho tenha escondido a cenoura”, noutra ainda “há uma transforma­ção ambígua da cenoura e do coelho” e, por fim, na última representa­ção “o coelho transforma a cenoura em sumo”. Estas representa­ções pretendem mostrar que, como na vida, “para uma pergunta podemos ter várias respostas”, que produzem diversos caminhos. A exposição fica exposta no teatro até ao dia 31 de julho.

A guerra na Ucrânia e os vários eventos em simultâneo na Madeira contribuír­am também para as vendas francas e para a quantidade de público, que nesta edição surgiu em número inferior – complement­ou.

Pedro Barbosa, responsáve­l comercial da livraria Leya, tem uma posição mais compreensi­va e conciliado­ra.

Em seu entender, “mais de 90% dos dias da feira foram bons”, apenas no último fim de semana “caiu um pouco”.

Ao contrário das críticas que ouvimos de outros feirantes, o responsáve­l da Leya opinou que “o calendário não foi mal pensado”, ainda que tenha admitido que junho possa não ser a melhor altura para a realização do evento, por causa do Mercado Quinhentis­ta, em Machico, e do calor que já se faz sentir e afasta muita gente para as praias.

Pedro Barbosa sugeriu abril como nova data a ponderar, sabendo que “a organizaçã­o está disponível para ouvir os livreiros” sobre estas matérias. Na Leya os livros infanto-juvenis foram os mais vendidos este ano.

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