Ministério da Saúde admite “problema sério”
O primeiro-ministro declarou ontem que o Governo está a trabalhar para resolver os problemas ocorridos nos últimos dias em serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), apontando as reuniões em curso no Ministério da Saúde.
António Costa foi confrontado com este tema pelos jornalistas após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, mas não quis pronunciar-se de forma pormenorizada sobre o assunto.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, considerou, por seu lado, que os alertas sobre a falta de médicos foram finalmente reconhecidos pelo ministério da Saúde "pela pior maneira".
Roque da Cunha falava à Lusa antes de participar numa reunião convocada pela ministra da Saúde, Marta Temido, que ontem manteve durante o dia várias reuniões com entidades do setor, na sequência do encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia em alguns hospitais na região de Lisboa.
O dirigente sindical afirmou registar que "finalmente o Ministério da Saúde reconheceu que tem um problema sério”.
“Depois de vários meses a dizer que tinha contratado milhares de médicos, de serem situações pontuais, de serem baixas, de serem médicos cansados, de serem constrangimentos pontuais, reconhece finalmente pela pior maneira que os avisos e os alertas que o Sindicato Independente dos Médicos têm feito nos últimos meses têm sentido”, declarou.
Roque da Cunha disse que defendeu que a falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde e a incapacidade em fixar médicos é um “problema sério”.