Jornal Madeira

EMBLEMA TRADICIONA­L ESTÁ DE REGRESSO

- Por Hélder Teixeira helder.teixeira@jm-madeira.pt

O Club Sport Marítimo vai voltar a ostentar o “verdadeiro” e tradiciona­l emblema nas camisolas de todas as suas equipas em 2022/23, segundo apurou o JM. Emblema esse que nunca deixou de ser o oficial.

Desta forma, o mais contemporâ­neo logotipo estilizado – leão branco em fundo verde e leme vermelho - que surgiu no final dos anos 1990 com a constituiç­ão da Sociedade Anónima Desportiva – vai deixar de ser usado nos equipament­os. Não obstante o Marítimo ter dois emblemas em simultâneo desde essa altura, há mais de uma década que é o escudo mais recente a figurar nos ‘jerseys’ verde-rubros. Uma mudança que veio ‘facilitar a vida’ aos designer, mas que, por seu turno, no entender de muitos adeptos, retirou alguma da identidade.

Élvio Faria, responsáve­l pela história maritimist­a, aplaude este regresso. “Estou contente com este regresso ao verdadeiro emblema do clube, porque vem trazer justiça àquilo que é a essência e a história do Marítimo”, referiu ao JM.

Recorde-se que em outubro último, em entrevista ao nosso Jornal durante a campanha eleitoral para os órgãos sociais do clube, Rui Fontes afirmara que em caso de vitória era ponto de honra recuperar os símbolos do clube. Dito e feito. Depois da extinção de equipament­os alternativ­os de outras cores que não verde, vermelho e branco é agora a vez do tradiciona­l emblema chegar às camisolas. Uma medida que se enquadra na política de recuperaçã­o de património cultural e histórico que esta direção tem posto em prática.

Refira-se também que ao longo dos últimos anos têm sido muitos os adeptos que - sobretudo nas redes sociais - clamavam por este regresso.

Leão remonta a 1916

O primeiro emblema do clube, desenhado em 1910, para além da bola de futebol, contemplav­a uma bandeira com as iniciais do clube, estavam presentes no emblema um remo, uma boia, um arpão e uma âncora.

A figura do leão acastanhad­o, com a pata direita sobre a bola e a olhar para trás, surgiria apenas em 1916 – em contrapont­o com a águia do grande rival à época, o Club Sports Madeira –, todavia as raízes marítimas do clube mantiveram-se com a presença de um leme por baixo de uma fita listada de verde e rubro com as iniciais ‘C. S. M.’.

Segundo apurámos junto de Élvio Faria, o emblema de 1916 foi criado por José Inês Ramos, um desenhador da Casa de Bordados Hughs. O ‘guardião’ da história maritimist­a explicou ainda que ao longo do século XX o escudo foi sofrendo ligeiras alterações, contudo sem nunca alterar o formato original, até à mudança quase radical no final dos anos 1990.

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Símbolo com origens em 1916 vai voltar a ser ostentado em 2022/23 nas camisolas de todas as equipas do Marítimo.

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